De: Augusto Küttner de Magalhães - "Ainda o Edifício Vodafone no Porto e a Casa da Música"
Por certo todos, ou a grande maioria aqui no Porto, quando o edifício da Casa da Música foi dado como terminado, pensámos que raio de meteorito ali havia caído, e mais tarde ocorreu-nos que outro, mais pequeno havia caído, mais abaixo, qual edifício da Vodafone aqui no Porto. Bem, com o tempo fomo-nos habituando a estas formas diferentes, e hoje já fazem parte do nosso quotidiano, e estão bem onde estão, e como estão. Se hoje deixassem de lá estar fariam imensa falta. Logo o edifício da Vodafone-Porto e a Casa da Música, pela diferença, ganharam o seu lugar.
Quanto a patriotismos... bem seria interessante para além de agarramos a modernidade venha ela da América ou amanhã da China ou da Índia. Países - estes - emergentes em franco desenvolvimento e que quererão marcar o seu lugar, seja de onde tiver de ser. Fechados sobre nós próprios já estivemos tempo demasiado, e nada adiantou, bem pelo contrário. E defendendo o que de bom cá temos, bastaria conservar a Ponte D. Maria, antes que caia, e tantos, tantos outros monumentos - belos - que por cá temos, e que não chocam com estas modernidades. Tudo tem espaço, tudo tem o seu tempo, até nós próprios, e o resto vai ficando.
Nota: fica a referência aos dois trabalhadores que ali morreram, ao muito falarmos neste edificio, veio à imagem aqueles dois corpos acabados de cair, e os seus colegas em pânico... e depois tudo continua...
Augusto Küttner de Magalhães