De: António Alves - "Autarcas com A grande e pequenos regedores"
O Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, legitimamente preocupado com os encerramentos de serviços ferroviários anunciados para o dia 1 de Fevereiro, levou a cabo uma série de diligências com câmaras municipais e CP, apresentando propostas alternativas, de modo a garantir a continuidade desses serviços e assim, além da salvaguarda de postos de trabalho, fazer com que as populações continuassem a usufruir do serviço ferroviário. Uma dessas acções acaba de dar resultados positivos: os comboios continuarão a circular, embora com a oferta reformulada, entre Setil e Coruche. De salientar que este sindicato efectuou o mesmo tipo de diligências junto das Câmaras servidas pelo Ramal de Leixões. Foi apenas recebido pela Câmara Municipal da Maia. A Câmara de Matosinhos, a principal interessada neste assunto, nem se dignou a responder ao pedido de audiência. Uns são autarcas, outros, costumeiramente, não passam de serventuários dos directórios partidários.
Para já, a manutenção do serviço no Ramal de Leixões passaria obrigatoriamente por uma reformulação da oferta, actualmente (talvez propositadamente?) exagerada em número de circulações para as condições operacionais oferecidas; e, também, pela alteração do trajecto levando os comboios pelo menos até Campanhã. Estes já muito debatidos investimentos terão obrigatoriamente que ser levados a cabo se se pretende honestamente aproveitar todo o potencial desta via. A mim sinceramente espanta-me que não se consiga perceber as sinergias e as vantagens múltiplas que esta via pode proporcionar entre o Metro do Porto e os comboios urbanos.