De: Correia de Araújo - "Alvas inflecções..."
Caro Pedro Aroso
Começo o ano a concordar, parcialmente, consigo. Passe a propositada redundância, cresci a ver crescer o prédio do JN, o do Hotel Dom Henrique e o próprio Silo-Auto onde, outrora, existia uma pedreira. Vivi ali mesmo em frente, na parte alta (nova) de Sá da Bandeira. Sim, de facto aquela é mesmo obra de autor, como o são, também, os outros dois exemplos que dei. Penso, por isso, e tal como Pedro Aroso, que pintar o Silo-Auto de branco seria um disparate, um absurdo, uma tontaria!
Dito isto, a minha discordância reside apenas no facto de entender que não serão as duas arquitectas as responsáveis por tal disparate. A ordem vem de cima, pois claro(!), e, como tal, deve ser acatada. Aqui ficam as palavras de Rui Rio aquando da apresentação do GAEEP: "a solução para o Silo-Auto, na Rua do Bolhão, passa por pintar de branco, mas como o espaço está concessionado, mal acabe a concessão, no novo contrato impõe-se essa pintura". Vamos ver se desta feita o Presidente da Câmara do Porto vai inflectir... ele que, segundo as palavras do meu Caro Pedro Aroso, "já admitiu várias vezes nem sempre ter feito as melhores escolhas mas, sendo um homem inteligente, tem vindo a corrigir orientações que estavam claramente a desviar-se do caminho certo". Estarei atento!
Correia de Araújo