De: José Machado de Castro - "As cidades também se abatem"
... ou as dramáticas consequências para a cidade da política camarária
Em 2011, daqui a poucos meses, o Porto vai ter a população que tinha no início do século XX, à volta de 200.000 habitantes. Este regresso ao passado na demografia é apenas uma das faces do declínio a que a política do PSD e CDS/PP condenou a cidade do Porto. Em 2002, quando Rui Rio tomou posse, o Porto tinha 263.131 habitantes, em 2005 já só eram 233.465 os habitantes e em 2008 ficava-se pelas 216.080 pessoas (97.568 homens e 118.512 mulheres). Em 2009 a população do Porto desceu para 210.558 habitantes, em 2010 será abaixo das 205.000 pessoas e em 2011 não chegará aos 200.000 habitantes.
É certo que entre 1991 e 2001 já tinha ocorrido um decréscimo de quase 37.000 moradores. Só que a gestão de Rui Rio praticamente duplicou as saídas de população. Numa década, entre 2001 e 201l, mais de 60.000 pessoas partiram (ou melhor, foram forçadas a partir) da cidade do Porto. Sabe-se quem sai, são os jovens casais, donde saem, principalmente do centro da cidade, e sabe-se porque saem, não têm alojamento acessível. O Porto será das poucas cidades da Europa em que a oferta de habitação está completamente nas mãos de promotores imobiliários, que em regime de autêntico monopólio decidem os preços que querem, inacessíveis aos jovens.
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