De: Augusto Küttner de Magalhães - "Os heróis da Cultura"
Ao ler o que José Ferraz Alves escreveu, começo por ter de o felicitar pela forma como aborda a necessidade de termos “Cultura”. Sem dúvida é importantíssimo e cada vez mais o será! Não chega ser-se bom economista, bom gestor, tem de se ter uma ideia do que o “homem” fez ao longo de milénios, o que se sabe pela Historia e pela Cultura que foi fazendo e nos foi transmitindo, e pela História e Cultura que hoje e sempre se fará.
Quanto à fusão do Ministério da Educação com o da Cultura, parece ser uma excelente ideia, quer pela ligação necessária entre ambos, quer pelas sinergias que daí advirão (falo como não ligado a qualquer partido). E de facto a Cultura, ao não estar a ser cabalmente potenciada ao momentum, está a fazer desligar muitos da mesma, o que é muito mau. E este momentum perde-se… Logo apostar na Cultura, poupando onde se deve poupar, é essencial! E por certo não haver tanta dispersão e uma melhor concentração. Penso, sem certezas, que temos todos de aprender a fazer tudo muito melhor, sem nunca ter de ser os melhores, mas sempre a fazer melhor que ontem… E a aposta deixou de poder ser na quantidade, e tem de ser na qualidade… para a Cultura, também…
Quanto ao aparte último do José Ferraz Alves, e sem pretender falar em casos concretos e muito menos no que refere, tenho para mim, mas presumo não estar certo, que as pessoas importantes e que ocupam cargos públicos e /ou de relevo deveriam ter de ver a vida como anteriormente viam, antes de chegarem onde chegaram. Mas, parece, não em poucos casos, que ao passarem a estar a um nível superior - o que as pode possibilitar ver de mais acima - deixaram de ver e estar mais baixo, logo a visão fica parcial… E há, vá-se lá saber porquê, uma certa necessidade de ficarem acima, mais isolados… mais distantes… Poder? Não sei! Talvez, ou talvez não!
Augusto Küttner de Magalhães