De: Augusto Küttner de Magalhães - "Europa 2020 e Insegurança no centro do Porto"

Submetido por taf em Sábado, 2010-11-20 20:14

Europa 2020: Nova Estratégia, Novos Instrumentos de Financiamento

Europa 2020: Nova Estratégia, Novos Instrumentos de Financiamento, Conferência, organizada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, que teve lugar no Mosteiro de S. Bento da Vitória a 19 de Novembro de 2010. Mais um proveitoso dia passado a ouvir pessoas da UE e portugueses que não da UE, a falar do que se espera que seja a UE em 2010, bem como a Região Norte, e em simultaneo o que serão, ou como estarão, todas as putativas nossas regiões. Ficou a ideia de que estão feitos criteriosos estudos, e que se tenta “ultrapassar” a Crise, e só por isso valeu esta Conferência, mais uma patrocinada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

O magnífico Mosteiro de S. Bento da Vitória, já há algum tempo recuperado, tem sido um muito adequado local para este género de eventos, e como tem sido mote nos últimos acontecimentos aí realizados pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, tem havido o cuidado de controlar despesas, nomeadamente quanto ao conteúdo dos coffee-breaks, o que é muito bem vindo e bem visto, e até no comedido uso de papéis relacionados com o programa da Conferência.

E se as ideias expostas são muito válidas, fica a percepção de que tudo pode não vir a poder acontecer, por três motivos:

- a Crise, que não está resolvida e nem se vislumbra quando e como será, se de facto acabar;
- os países da UE que mais contribuem menos o querem vir a fazer, já em 2011, enquanto que os que mais apoios têm tido dos Fundos Europeus querem continuar a receber de igual forma, logo, algo será não exequível;
- e a UE continua a não ser uma União que se percepcione como tal, não fala, não procede, não funciona a uma única voz, a uma única velocidade.

Assim, talvez muito ainda deva ter de acontecer para tudo ser possível melhorar, na próxima década, mas sem dúvida que os oradores não deixaram de assumir a necessidade de mudança, compreenderam que foram feitos alguns erros que terão que ser evitados, e todos claramente entendem que a Ásia, o Oriente, nomemeadamente a China e a Índia estão em forte e sustentado crescimento. Um dia em que foi possível bastante aprender, ficando a esperança de que tudo possa melhor acontecer, quer a nível do nosso País, quer das possíveis “nossas futuras regiões”, quer da União Europeia, como um “verdadeiro todo” uma União, efectivamente!
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Insegurança, mesmo de dia no centro do Porto e não só!

Se qualquer um de nós tiver de andar a pé pelo Porto durante o dia, ou seja entre as 8 horas da manhã e as 18 horas da tarde, sente a insegurança, passa pelo meio de pessoas que nos olham com ar de nos poderem a qualquer momento atacar” e temos a certeza, mais que absoluta, que se tal acontecer estaremos totalmente por nossa conta. Ninguém nos vai acudir, dado ninguém se querer meter em algo que pode “sobrar” para quem nos possa pretender defender, e não há um único polícia que passe, que nos valha.

Estamos no centro da cidade do Porto, rua dos Clérigos, Aliados, Rua St. António, Rua de Santa Catarina, Praça dos Leões, Cordoaria, Rua Passos Manuel, Rua Júlio Dinis, Rotunda da Boavista, a ir a pé. Afinal podemos ver um polícia e até um carro (novo, todo bonito, matricula JQ) da PSP, junto ao Banco de Portugal. Não dá muito para entender qual o motivo que obriga em todo o País onde exista uma dependência do Banco de Portugal a ter um polícia à porta e outro nas traseiras, assaltam-se mais estas dependências que todas as outras? Faz-se lá moeda que possa ser roubada? Faz parte do protocolo? Bem, adiante!

E, como é evidente não se pede um polícia a pé em todo o lado, mas seria conveniente um circuito permanente de PSP e Polícia Municipal por todas estas artérias – cada uma das polícias com locais diferentes, evidentemente! - a passar lentamente e a actuar, sempre que necessário. Vemos isso em Londres, vemos a Polícia Metropolitana a passar e a parar e sair do automóvel a levar discretamente alguém que se vai a portar menos bem, isto na nossa frente, no passeio, a vemos também ir atrás de alguém que de automóvel “queima” o vermelho, sem alarido, sem dar nas vistas, mas actua, está presente, defende, e não são muitos polícias a circular, mas estão lá, passam, actuam. Sendo-nos possivel, pontualmente, cá ver alguém queimar o vermelho e um carro da polícia que estava ali não ir atrás, e outras situações idênticas! Não é caça à multas, é o efeito dissuasor. É mostar que estão presentes, quando estão, o que é raro. Mas se a polícia existe, mesmo não sendo muita, a que existe deveria, talvez, melhor fazer-se existir!

Está-se a pé, a andar horas e horas em Londres sem ter receio, está-se a pé umas horas a andar pelas vias atrás referidas no Porto e sentimos ao nosso lado a insegurança, não só a insegurança como a certeza de que se formos atacados por um qualquer passante somos bem atacados, e ninguém nos acode. Não há dinheiro? Claro que não há, já todos entendemos. Mas não será gasto mais dinheiro, se em vez dos polícias terem de ser colocados naqueles locais que não só mas também, o Banco de Portugal onde oficialmente está definido ter um polícia à porta, - junto a casas de ministros que estão em Lisboa! - sejam escalados para circular pelas cidades em permanência, em viatura, mas lentamente e a bem ver o que possa estar a acontecer, e essencialmente actuando na hora, no minuto.

Bem como as Polícias Municipais, que se colocam sempre no mesmo local, que circulam com umas viaturas com umas luzes azuis acesas em permanência no tejadilho, e que passam sempre à mesma hora, sempre no ir e vir para um mesmo local e que nem nessa altura de ida e vinda se apercebem do que possa estar acontecer nos passeios, até do indevido estacionamente de tantas viaturas nas vias por onde estão a passar! Isto é visivel todos, todos os dias! Basta querer ver-se!

Por certo esta insegurança, este mal estar que nos rodeia, vai aumentar, por certo que se não houver uma mudança de atitude tudo vai ficar muito pior, e pena será se se defenderem locais de segurança como o Banco de Portugal, a Câmara, a casa do Ministro que nem lá está, e mais alguns locais, mas tudo o que os rodeia ir ficando cada dia mais inseguro. Será cada vez mais complicado conseguir chegar a esses locais, e esses locais serão seguros – para quem deles usufrui -, mas tudo o resto será cada dia não só mais inseguro, como muito mais perigoso.

Sugere-se às pessoas importantes que mandam nas cidades, no país, que andem a pé no Porto e por certo noutras cidades deste nosso país, de forma anónima entre as 8 e as 18 horas, para sentirem a insegurança, e a titulo comparativo, se o mesmo pelos seus ”iguais” fosse feito em Londres, por certo sentiriam muito mais a “segurança”.

Todos temos de ajudar, todos e cada um têm, temos, de poupar onde tem que ser poupado, e isto aplica-se à segurança, logo há que mudar a forma de estar. Enquanto há tempo. Ou nem por isso e deixar andar...

Augusto Küttner de Magalhães