De: Augusto Küttner de Magalhães - "«Venham os chineses!» e a saga dos vencimentos na Fundação Cidade de Guimarães"

Submetido por taf em Quinta, 2010-11-18 22:36

Ao ler a crónica de TAF no JN, e sabendo, dado já o ter escrito n'A Baixa do Porto - ainda face aos exorbitantes vencimentos pagos pela Fundação Guimarães, Capital Europeia da Cultura 2012 – se o Estado ou alguma entidade financiada por fundos públicos lhe oferecesse um salário “escandalosos”, aceitava. E justificando, em contínuo, que um casal tirar umas pedritas de uma obra pública para bem reparar a sua casa, não havia problema, tinha melhor utilidade/utilização. Não sei que lhe diga, mas parece-me que por aí não deveríamos ir. Isto, dado que se achamos que algo vai mal, por muito capazes e competentes que sejamos, estamos a pactuar com esse “algo que vai mal”. Seja nas pedritas tiradas, seja no salário a receber, por que outro exorbitantemente nos paga! Li há dias uma pessoa que dizia que se fosse premiado com um Ferrari queria o dinheiro do automóvel e nunca o automóvel, dado que nunca se sentiria bem a guiá-lo, e se de todo não fosse possível ter o dinheiro do carro, o não aceitaria, por não contemporizar em andar com um carro destes. Penso que o caminho será mais por aí! Penso que se não for, temos de deixar de falar nos escandalosos salários pagos pela Fundação Cidade de Guimarães! Quem os recebe, faz bem… logo está feito! E se formos buscar umas “coisitas” públicas, por acharmos que fazemos melhor, faça-se! Penso que assim, não! Mas…

Mais uma vez – e muito apropriadamente o jornal Público, com a sua qualidade e referência, se debruça sobre este tema, e informa – 18.11.2010 - que os salários estipulados foram diminuídos em 30%. Dá que pensar que foi graças à insistência de uns quantos – e do Público - que aconteceu esta redução, mas talvez devesse ainda mais ser, dado que continuam a ser salários pagos pelo erário público, e ainda são bastante elevados. Segundo nos é dado a conhecer a Presidente do Conselho de Administração fica com 10.000,00 euros e os dois vogais executivos cada com 8.750,00 euros. Comparando com o salário do Presidente da República, bem como comparando com os salários da grande e maioria dos nossos concidadãos, é muito dinheiro, em tempo de crise, saído do erário publico! Por certo ainda o Ministério da Cultura irá analisar o assunto, ou talvez não!

Melhores cumprimentos
Augusto Küttner de Magalhães