De: Luís de Sousa - "Horários de funcionamento"
A respeito de um tema que o Pedro Figueiredo aqui trouxe num dos seus posts, tenho uma visão diferente dos factos e do problema em si!
Em primeiro lugar porque ao contrário da descrição feita a realidade é que os bares que se sentem afectados queixam-se sim, mas do funcionamento de pastelarias, cafés ou restaurantes no horário entre a meia-noite e as 4 da manhã sem possuírem licença, e não entre as 5 e as 6 como é referido. Este descontentamento não tem a ver com um receio da concorrência directa desses espaços ilegais com os bares, mas sim nas consequências que o seu funcionamento tem no prolongamento da permanência das pessoas na rua até ao momento tardio do seu encerramento. Este prolongamento penaliza os bares/discotecas uma vez que os que operam na Baixa, salvo raras excepções, apenas têm licença de funcionamento até às 4 da manhã, logo para rentabilizarem os seus investimentos em DJ's VJ's e demais elementos que caracterizam o ambiente de um espaço de diversão nocturna, são obrigados a desrespeitar a sua hora de encerramento arriscando assim avultadas multas. E a verdade é que o funcionamento destes últimos estabelecimentos não afecta de forma tão efectiva os moradores (sei que somos poucos mas também pagamos impostos) uma vez que os sistemas de insonorização dos edifícios onde operam são por norma eficientes.
Posto isto a discussão pode culminar em uma de três soluções.
- 1- Apenas os efectivos espaços de diversão nocturna devem funcionar nesse horário entre as 2 e as 4, apertando a fiscalização sobre os que não se enquadram neste perfil.
- 2- Aprova-se a abertura dos cafés, restaurantes, pastelarias até às 4 da manhã e simultaneamente as dos bares/discotecas até às 6 da manhã.
- 3- Ou mantém-se tudo na ilegalidade como até agora em que quem devia fechar às 2 encerra às 4 e os que deviam desligar a música às 4 continuam a arriscar até ás 6.
Quanto a mim a haver problema este tem múltiplas respostas, basta agora a associação de bares escolher uma que mais agrade aos seus associados e por fim implementar a melhor solução a quem cabe decidir.
Cumprimentos
Luís Sousa