De: Augusto Küttner de Magalhães - "Guimarães 2012"
A opinião de TAF sobre este tema é extremamente válida. Como nunca me ofereceram - quando estava em pleno da minha actividade profissional - assim um salário “escandaloso” – o termo não é meu! - e agora na fase da vida que estou ninguém o fará, por inveja, ou por outro qualquer motivo, apetece-me dizer que não aceitaria, ou melhor que se aceitasse me iria sentir mal comigo próprio. Não sei, dado que falar agora quando tal não é exequível é bem mais fácil. Mas é o que penso, hoje! Mas... vale o que vale, e não sou exemplo de nada, para ninguém!
E como não sou de extremos nem de direita nem de esquerda, mas por exemplo se tivesse dinheiro – não tenho! -, nunca compraria um Porsche, um modelo de que vemos talvez uns 6 aqui no nosso Porto e custa 180.000,00 euros/cada! Como é evidente o dinheiro, mesmo sendo meu, acharia que não é a maneira de estar em sociedade quando por metade deste valor poderia ter um bom carro, sem ser daquele preço, quando concidadãos meus nem para comer têm, nem para uma pequena habitação têm. E falar, falar, e não fazer... é que vem por demais a acontecer.
Assim, quanto ao vencimento em causa, que nos tem feito andar a escrever sobre este tema, como é evidente para além das competências e capacidades de cada um de nós, o Estado ao pagar-nos o dobro do salário do Presidente da Republica algo vai mal, mais que não seja com o próprio Estado, e nós falamos, falamos - de tudo o que vai mal! - e alinhamos quando é para nós!? Não sei, se calhar se eu tivesse menos 30 a 20 anos aceitaria, mesmo que o Estado e /ou os seus representantes, estejam bem menos bem. (Estamos a falar de vencimentos pagos pelo erário público, se for por uma empresa privada tudo é evidentemente diferente! O dinheiro não é dos nossos impostos) Mas, quem sou eu... nobody!
Augusto Küttner de Magalhães
Nota: penso que se deve insistir neste tema, não pelo caso concreto, mas para entendermos - bem melhor! - o que não funciona com o nosso Estado!