De: Augusto Küttner de Magalhães - "Ainda acho que a Polícia é capaz e próxima!"
Como facilmente se tem notado, aqui e não só, as “coisas = minudências” que vou escrevendo têm – acho, espero – um certo quê de “cidadania”. E como todos andamos e com razão tão aflitos com a falta de educação que não só instrução, de valores, de princípios, e claro de dinheiro, talvez todos tentando dar umas pequenas ideias, muito pequenas que possam ser, seja possível, ou nem por isso, algo melhorar.
Tive hoje uma conversa com um polícia da PSP – não entendo de graduações, mas era um Polícia, com um P grande. Estava de serviço a um supermercado, unicamente. E, ao entrar, perguntei-lhe se seria complicado ou difícil informar quando possível os colegas que passassem de viatura por aquela zona para os automóveis constantemente aparcados em cima das passadeira, e mostrei-lhe – era unicamente olhar para o exterior -, ali, em frente, dois automóveis fechados, sem ninguém lá dentro – boas marcas no caso, mas não é obrigatório - em cima da passadeira, mais em cima não poderiam estar. O polícia disse-me que aquilo era um escândalo. Que nada podia fazer dado estar de serviço ao supermercado – se fosse no local de serviço, a passar actuaria - e se telefonasse para os colegas até chegarem, o que poderia demorar dado por certo terem chamadas mais urgentes, possivelmente os carros já ali não estariam.
Achei agradável a forma como bem encarou este polícia a situação, e ao contar-lhe a cena que passei no dia 17 junto ao Aeroporto Sá Carneiro mostrou pena por ter colegas assim. E contou-me evidentemente sem identificação vários casos do seu quotidiano como polícia. E algo que concluímos é que de facto a gravidade de muito do que está a acontecer, o facto de muito estar a acontecer, tem a ver com muita falta de educação – que não instrução! E muita miudagem como não houve um: NÃO QUANDO É NÃO! dos pais, não tem a noção dos valores, das responsabilidades... Que fazer, não sei. Mas fiquei muito satisfeito por termos polícias como este Polícia! Aqui no Porto! Também, e ainda bem!
Augusto Küttner de Magalhães