De: Augusto Küttner de Magalhães - "Dois critérios, duas medidas, para fiscalizar o mau estacionamento"

Submetido por taf em Quinta, 2010-10-21 23:43

Continuo a não conseguir entender – e presumo que seja meu defeito mas mesmo assim explicito a situação – quais são os critérios utilizados na fiscalização de mau estacionamento pelas nossas polícias, nomeadamente a PSP, que por norma tento defender pelo bom trabalho mas nem sempre assim será.

No domingo 17 de Outubro, fui ao Aeroporto Sá Carneiro buscar uns familiares e, como havíamos combinado, parei uns minutos antes de hora prevista não da chegada do avião, mas com uma folga superior em 10 minutos à chegada, para dar tempo a estarem quase já no exterior do aeroporto – nas Chegadas antes da fila dos táxis, e minha mulher foi ver se chegavam. Fiquei ao volante dentro do carro. De repente aparece um polícia aos berros, a gritar com todos os que ali estávamos parados dentros dos carros, sem ninguém incomodar. Quando chegou a minha vez, perguntou-me – aos berros – se estava a gozar com ele, se tinha carta de condução, se conhecia os sinais de trânsito, se sabia o que estava a fazer e se queria ser autuado. Como é evidente com uma autoridade nestes preparos nem abri a boca, deixei-o gritar e quando passou para o carro a seguir ao meu, arranquei e à frente recolhi – de imediato e conforme acordado - quem fui buscar e minha mulher, e aí um outro polícia muito correcto deu tempo a que as poucas e pequenas bagagens fossem colocadas no porta-bagagens do automóvel. Como é evidente estava indignado com a forma e conteúdo da abordagem do primeiro polícia. Tento ser cumpridor, claro que não devia ali estar parado, mas não estando a incomodar e estando dentro do carro, poderia retirá-lo em segundos, como de resto o fiz.

Mas se for a pé subir a Avenida da Boavista nos dois últimos quarteirões antes da Casa da Música tenho de andar pela rua, podendo ser atropelado dado haver carros estacionados e bem fechados à chave sem ninguém dentro em pura transgressão e a incomodar, todos os dias a qualquer hora. Se fizer o percurso de automóvel entre o Castelo do Foz e o Castelo de Queijo, pela Avenida Brasil, até ao cruzamento com a Rua do Molhe, raras são as vezes que posso ir pela mão, pela faixa mais à direita, dado estarem aí sempre automóveis em transgressão e a incomodar. No Pinheiro Manso, mais propriamente nas envolventes do Edifício do Lago, todos os dias, a qualquer hora, estão veículos em transgressâo que dificultam o trânsito e a passagem de peões e nada acontece. Os casos multiplicam-se: na Praça do Império, na Avenida da Boavista em frente ao Centrro Comercial Bristol e mais acima.

Não se pede que haja uma caça à multa, mas pede-se que haja mais fiscalização e, havendo permanente transgressão, partam para a multa. E hoje ao se ter uma melhor, bem melhor, opinião das nossas Polícias do que se tinha antes do 25 de Abril no tocante à proximidade com os cidadãos, ao fazer valer com respeito a autoridade e não com medo, ou ameaças, não estraguem, por favor, esta imagem, e procedam sempre em conformidade, por favor, em todo o lado. Será um prestígio para as Polícias, uma melhor possibilidade de circulação por e para todos, e uma melhor actuação, caso a caso.

Augusto Küttner de Magalhães