De: José Ferraz Alves - "Uma forma de ver o Norte e a Economia"

Submetido por taf em Quinta, 2010-10-21 19:06

Nesta minha última entrevista, que partilho, defendo e irei continuar a assumir vivamente este rumo, a importância de não ser retirada liquidez de base à Economia, pela via do IRS, que irá redundar em menor colecta fiscal e em maior prestações sociais de desemprego; que o pagamento nas ex-SCUTs é também um negócio para as empresas da Linha de Cascais, neste caso a Brisa, que vê o tráfego aumentar nas suas auto-estradas dada a sua maior competitividade pelo menor custo; que o "ouro do Brasil" está no sítio que o AICEP dificilmente conseguirá ver: os emigrantes portugueses que pretendem ver a riqueza aplicada nas suas regiões - recuperação de termas, monumentos, agro-indústria, turismo geriátrico, comboios turísticos – e para o que é necessário preparar uma resposta organizada; que a falta de experiência e vocação empresarial dos nossos ministros de base universitária origina que se preocupem com o que sabem - o financeiro convencional e académico - em detrimento do essencial, o económico, as empresas, a realidade; que nos oferecem a visão do utópico TGV para Vigo para nos esquecermos de que precisamos da ferrovia convencional para reduzir as actuais 3 horas de um serviço público que não existe; que fomos roubados no Norte e na Galiza para negócios com a terceira travessia do Tejo; que o Estado existe essencialmente para as falhas de mercado; que é importante "cortar" o Norte horizontalmente pela linha ferroviária do terminal de cruzeiros de Leixões até Salamanca e verticalmente de Foz Tua por Bragança à estação da Alta Velocidade Espanhola de Sanábria, que fica a apenas 1h30 de Madrid, abrindo este mercado ao Douro e a Trás-os-Montes; que os senhores engenheiros da EDP podem aprender como no Egipto da década de 60 se reproduziram monumentos que se iam naufragar pelas barragens, para os quais anexo link com instruções e que há resposta política no Norte ao desnorte do nosso bloco central.

JFA