De: Vítor Silva - "Ciclo-percurso"

Submetido por taf em Quarta, 2010-10-13 21:46

Seguindo os conselhos do Miguel Barbot achei que estava na altura de acrescentar a bicileta ao mix de meios de locomoção que uso habitualmente. Já era sem tempo até considerando que há cerca de um ano tinha participado na organização de uma sessão da Campo Aberto sobre ciclovias. Esta decisão quer dizer que desde a semana passada, para além das minhas pernas, do metro, comboio, carro e autocarro (menos vezes) vou poder passar a deslocar-me na minha bicla manhosa que tive direito pelo facto de participar numa Porto Bike Tour.

Para mim esta ideia de poder escolher consoante o percurso e tempo disponível o que vou usar é a mais importante e a mais difícil de interiorizar… Talvez só comparável à ideia de que mesmo estando de bicicleta não preciso de subir todas as ruas em cima dela… não estamos propriamente em nenhuma competição em que somos penalizados por não o fazer, podemos sempre optar por ir com 1 pé no Porto e outro no pedal.

O percurso que fiz ontem encaixa bem nisto tudo que acabei de dizer, ora vejamos. Jantar às 20.15 no Zé Bota (ali perto do S. António) mas tendo que passar antes no Via Catarina para tratar de uma coisas para a Campo Aberto. Saída e regresso ao Marquês. Em qualquer uma destas duas paragens o factor estacionamento joga contra o carro, seja por quase não haver estacionamento ali na zona de Santa Catarina seja por ser bastante caro na zona de Carlos Alberto (isto ignorando o simples facto de continuarmos a insistir na proibição de carros a gpl como o meu em parques subterrâneos). Considerando também que o meu ponto de partida era o Marquês, o metro também só resolvia parte do problema não tendo alternativa para ir do Via Catarina até ao restaurante. Fazer todo ou parte do percurso a pé também já estava fora de questão porque já saí de casa tarde. Daí a opção bicicleta.

Ao contrário de alguns eu optei por um ou outro acessório de segurança pessoal, nomeadamente um capacete e duas lâmpadas de leds, que certamente devem cegar o resto dos companheiros de rua tal a intensidade da sua luz, e que me custaram 10 euros na Sportzone. Não há desculpa para não me verem! Nestas compras, e eu prometi que não ia gastar mais do que o que a bicicleta me custou (acho que uns 50 euros de inscrição na tal bike tour), incluí também 2 cadeados num total de mais 15 euros.

A maior surpresa mesmo foi ver que uma bicicleta parada em frente ao Via Catarina às 20.00 durante quase meia-hora não fica totalmente vandalizada ou simplesmente desaparecida e que umas três horas de estacionamento ali na zona do Piolho também parecem ser seguras. Ou então foi só uma questão de sorte. Vamos ver quanto dura.
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