De: Miguel Barbot - "Do oito ao oitenta"
Trânsito misto, civilizado, com zonas 30 Km/h (ou menos), onde peões, carros e bicicletas convivem civilizadamente, no que diz respeito a Portugal e ao Porto em particular, é algo que se encontra num campo meramente teórico e conceptual, sem qualquer ligação à realidade (ou caos) em que vivemos.
Como utilizador diário da bicicleta como principal meio de transporte, serei um cliente fiel de futuras ciclovias, caso venham a existir, em situações como a de levar o filho à escola, coisa que vai começar a acontecer nos próximos dias. Não confio minimamente num portuense ao volante quando está atrasado para o trabalho, por isso, para já, resta-me ir pelo passeio quando transportar a criança, o que é ilegal.
Enfim, as teorias modernas que dizem que não devem existir ciclovias são citadas normalmente por pessoas que não utilizam regularmente uma bicicleta no meio da cidade… do Porto (exercício pleno de adrenalina, garanto), onde não há respeito por absolutamente nada, incluindo as zonas pedonais e os limites de velocidade. Refiro também o "deixa andar" instituído, comprovado por esta notícia, onde se referem as escassas 117 multas de estacionamento diárias no Porto, a maioria das quais referentes a condutores que não pagam o aparcamento, ou seja, que apenas colocam em perigo os cofres da PSP ou PMP.
Venham as ciclovias.