De: Augusto Küttner de Magalhães - "Ainda as passadeiras e os peões"
Como é evidente, tenho e quero estar totalmente de acordo com tudo o que Miguel Barbot escreve, e felicito-o pelo que escreveu. Referiu e bem as crianças, e se não se importa gostaria de acrescentar os velhos – não gosto do termo idosos, parece querer algo esconder – que têm mais dificuldade em ver e andar. Ainda são mais mal tratados pelos automobilistas, como têm mais dificuldade em se locomover, demoram mais a atravessar – quando o conseguem fazer, é bom referir (quando conseguem atravessar), mas aí não há distinção de idades, nem sexo – e os automobilistas têm o descaramento de buzinar, para o “velho sair da passadeira depressinha”. Que chatice está aquele velho ali!
Temos de mudar de atitude, e de facto quem mata, quem atropela, é o automobilista, ainda não se viu um peão passar por cima de um automóvel… a não ser atirado por este. Tem de haver mais respeito, e tem de se mentalizar o automobilista, que também é peão, ou tem um familiar que nesse preciso momento pode estar em risco ao atravessar uma passadeira (pode o automobilista nem se importar…).
E termino dizendo que ainda não entendi por que raio ainda não há no Porto uma única, só uma, tabuleta, numa via pública que alerte o automobilista para não matar o peão na passadeira abaixo!
Augusto Küttner de Magalhães
Nota: ontem vi, vi, na Rua Mota Pinto, um casal jovem parar o carro em 2ª fila, saíram e sentaram-se num banco público a fumar um cigarro. Um autocarro não conseguia passar, buzinou e ficou a encravar o trânsito, o casal nem se mexeu, o autocarro lá se desenvencilhou, e depois nas calmas, fumado o cigarro, o casal meteu-se no carro e foi-se! O que é isto?