De: TAF - "Duas notas"
Dois acontecimentos ontem, Sábado.
1) A bicicleta tem sido o meu meio principal de transporte no Porto, associada também ao metro, onde a transporto sem dificuldade. Por causa da escassez de lugares específicos para estacionamento, tenho-a deixado acorrentada a postes de sinalização, árvores, etc. Inúmeras vezes a pousei em vários locais supostamente mal frequentados no Centro Histórico. Nunca tive problema. Ontem fui à Biblioteca Almeida Garrett, no Palácio. Pela primeira vez lá estacionei, junto à entrada, num local bem visível de dentro, acorrentada ao gradeamento. Quando voltei percebi que alguém terá tido um impulso súbito e irresistível de pedalar naquela bicicleta em particular... O cadeado afinal era de muito má qualidade e não tive outro remédio senão voltar para casa a pé. (Aceito sugestões de bicicletas boas e baratas.)
2) No caminho passei pela Praça da Liberdade. Estranhei o trânsito completamente engarrafado já desde a saída do Palácio, mas só lá percebi qual a origem da enorme confusão e das buzinas desesperadas a apitar: o acesso à Avenida dos Aliados estava cortado por causa do Dia sem Carros. Linda comemoração. Alguém terá ficado convencido com esta bela propaganda a deixar o carro em casa, ou apenas a pensar que estamos num país em que a falta de senso parece crónica?