De: Cristina Santos - "Mercado La Ribera - Bilbao"
O Mercado de La Ribera de Bilbao começou a perder importância a partir dos anos 70, ficando reduzido quase à função de mercado de bairro, serventia dos habitantes do centro histórico. Em 1984 foi alvo de algumas melhorias e em 1990 foi considerado o mercado coberto mais completo da Europa, 10.000m2 de área coberta, 186 lojas. A degradação era crescente e imparável. No âmbito do Masterplan Bilbao foram projectadas obras que inicialmente previam uma intervenção média, com actualização de infra-estruturas interiores, melhorias funcionais e segurança.
Após o início de obras e uma análise pormenorizada das estruturas do edifício, concluíram que não suportava a intervenção. Uma ala da estrutura e a parte central foram demolidas. A estrutura exterior será refeita numa aproximação ao original, em tons idênticos ao Ferreira Borges, e completada com um cubo de cristal ao centro, formando um hall de entrada com luz directa, e de onde esperam conseguir uma panorâmica sobre a ria e centro histórico. Os materiais que estão a utilizar são sobretudo ferro e pré-fabricados. Vão contar com escadas rolantes, elevadores, acesso para deficientes, arcas congeladoras, e equipamentos novos, incluídos na obra. A obra está orçada em 21 milhões, 5 milhões pagos pelos comerciantes. No rés-do-chão será feita a zona de carga, descarga e aparcamento. No 1º piso cafetarias e serviços, nos restantes as habituais lojas de mercado, com um mínimo de 12 e 14 m2 cada.
Não me parece bem terem demolido parte substancial do edifício. Pode vir a resultar, mas pelo que pude ver há uma descaracterização total, restam basicamente as 2 entradas da estrutura inicial e uma lateral. A obra está subtancialmente atrasada, pelo menos para a data fixada nos painéis de marketing - 2011.
Metro
O metro de superfície (EuskoTren) faz a rota do Museu Guggenheim ao Casco Viejo, com paragem neste mercado, é barato, funcional, mais fácil de perceber, mas pequeno em relação ao nosso. É causa de alguns acidentes, nomeadamente nas rotundas, em que por excesso de tráfego os carros param no semáforo e são abalroados. Sucede principalmente porque a cidade está cheia de vistantes, e com tanto semáforo nas rotundas e várias vias é difícil perceber que se está na linha do metro. O estacionamento é acessivel, a cidade pequena e de percursos fáceis, não há motivo para usar carro. Há muitas senhoras com tacão, não há obstáculos ao equilibrio.
Cristina Santos