De: José Pina - "Do Porto «criativo» ao Porto inovador"
Há vida no Porto para além das "indústrias criativas". Explico porquê. Apreciei ler as palavras do reitor da Univ. Porto, Marques dos Santos, que se seguiram à sua reeleição; parece querer marcar uma saudável preocupação em captar para a UP o reconhecimento europeu que ainda não tem, apesar de alguns pólos de excelência.
Mais do que debater o crescimento das "indústrias criativas" - como há dias alguém dizia, às tantas já não se sabe bem do que falamos... - vejo antes sinais de que há uma cultura de inovação que se pode afirmar no Porto.
O Centro de Estudos Avançados da IBM - o CAS, parceria com a FEUP desde finais de 2009 - finalmente está activo nas áreas da Mobilidade Sustentável e "Smart Cities". No pólo tecnológico da UP - a UPTEC - "startups" tecnológicas vão nascendo e lutando pela sobrevivência. Empresas inovadoras como a Alert ou a NDrive nas tecnologias de informação estão cada vez menos sós; o INEGI em Farnborough; o novo CIIMAR em Leixões; ou um projecto como a Plubee.com - pioneiro no comércio electrónico na cidade, com ofertas de descontos em todo o tipo de serviços - vão fazendo o seu percurso.
Não desmereço a indústria em torno das artes, mas tão ou mais importante parecem-me estes bons exemplos de empreendedorismo e inovação. Saibamos também atrair capital e massa crítica.
José Pina