De: José Ferraz Alves - "Ainda e sempre o Tua!"
Não tenho dúvidas que o tema das barragens da EDP é de muito difícil captação pelos jornais, isto porque o orçamento desta empresa para publicidade é naturalmente uma fonte de viabilização de muitos destes orgãos de informação. Mas a propósito da seguinte passagem - «...José Silvano, presidente da Câmara de Mirandela, considera que a suspensão das obras é uma "boa notícia" e mostra-se incrédulo com o concurso de construção da barragem, "quando ainda decorre um processo de consulta pública até 9 de Setembro do Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução".» - não me esqueço do adiantamento que a EDP fez ao Estado Português em 2008 por conta do Plano Nacional de Barragens, e que permitiu um certo acomodamento de contas públicas, mesmo antes de cumprir os requisitos legais que um Estado de Direito obriga.
Acima dos medos, acima dos atropelamentos legais, acima do direito e da sua violação, existe a JUSTIÇA. As populações destas regiões, caso se concretize esta violação de direitos e de justiça, também terão direito a recurso sobre quem a atropelou.
A linha ferroviária do Tua está para além do uso turístico. É serviço público às populações de Foz Tua até Bragança, incremento de mobilidade pelo meio ambientalmente mais sustentável - vide Obama nos EUA - e abertura ibérica do Vale do Douro e Trás-os-Montes à estação AVE de Puebla Sanábria. Isto sim, é investimento público estruturante e que deverá guiar um Governo Regional do Norte e as linhas de um Partido Político que se una às causas das populações da região. Depois, os empreendedores fazem-se por si próprios, não precisam de padrinhos nem de guiadores de almas.
Já agora, o que terá também o "Dow Jones Sustainability Indexes" a dizer sobre tudo isto?