De: Carlos Romão - "E se o Porto fosse um motor de explosão?"

Submetido por taf em Quarta, 2010-07-28 15:11

Bandeiras


Cada instituição tem a imagem que cultiva. Esta representa a Câmara Municipal do Porto na Praça de Gonçalves Zarco, ao Castelo do Queijo. Nada de criticável, digamos antes que a fotografia está condizente com a realidade depressiva do Porto. Ou acima dessa realidade, uma vez que aqueles farrapos sujos no alto de uns mastros, com as insígnias da antiga, mui nobre, invicta e sempre leal cidade do Porto, não descem tão baixo como por vezes faz o sítio institucional da CMP, pago com o dinheiro dos contribuintes que deveria servir. Veja-se como a câmara reagiu às crónicas de Amílcar Correia, jornalista, e de João Teixeira Lopes, sociólogo, saídas no Público, não suportando a crítica, diminuindo a importância social do jornal e assumindo-se como órgão de propaganda das decisões trôpegas que o executivo municipal tem aplicado à cidade com os resultados práticos que estão à vista de todos.

O Porto está mais pobre, mais vazio, mais sujo, decadente, apático e desorganizado. Basta comparar com os concelhos vizinhos. As iniciativas contrárias a este estado de coisas têm vindo, felizmente, da sociedade dita civil.
É uma pena que a cidade não seja um motor de explosão... certamente estaria um brinquinho.

Publicado em A Cidade Deprimente