De: JA Rio Fernandes - "Metro"

Submetido por taf em Sexta, 2006-07-28 23:53

No metro, a racionalidade parece começar a imperar, por entre algum ruído, como seria de esperar…

Para começar – primeira importante novidade! – passou a encomendar-se estudos (como na Europa!) antes de se tomarem decisões sobre as próximas linhas: lembram-se de algum estudo anterior à “decisão” da Metro em pagar os arranjos na Avenida da Boavista para os carros antigos, por conta de uma linha que vinha aí “já a seguir”? Como se compreende isto: é um adiantamento por conta de qualquer coisa que talvez o governo venha a orçamentar? Será que isso ocorreu quando o Presidente da Metro e da Câmara do Porto era a mesma pessoa? Acho que não. Mas mesmo que não tenha sido é por certo mais um exemplo de eficiência e transparência na gestão dos dinheiros públicos!

Os estudos não resolvem tudo, por certo. De resto não pode deixar de se notar que um e outro sejam elaborados por docentes da mesma faculdade (de Engenharia) e a ele estejam ligados dois colegas e amigos. Estranha-se também que, a acreditar nos jornais (Rui Rio vai gostar desta observação!) num dele participem administradores da Metro! Mas tudo isso serão pormenores.

O que mais interessa é que no dito estudo (ou estudos), aponta-se a evidência:

1. que para Gondomar são precisos dois tramos (Campanhã-Venda Nova e Campanhã-Gondomar) e não um gigantesco A;

2. que a Metro fez asneira, concentrando a sul da Senhora da Hora veículos a mais (se ainda pelo menos tivessem deixado o comboio da Póvoa descansado a levar mais gente por composição que o metro…). Sobre a primeira parece haver (agora) acordo geral. No segundo caso, a opção é entre uma ligação pela Boavista (cortando a avenida em dois) e Parque da Cidade (idem aspas) numa área de baixa densidade de utilizadores potenciais que devia ser resolvida com um eléctrico e a ligação a Norte, entre Senhora da Hora e o Hospital de São João (numa linha prolongável para Rio Tinto). Se esta aproveita a linha ferroviária que existe, como António Alves sugere (mas apenas da Senhora da Hora para Leste e não para prestar mais serviço aos mesmos poucos que saem do Porto de Leixões…) ou não; se haveria de aproveitar a Circunvalação (parece que não é exequível), ou passar por outro canal, isso já é assunto para estudo de projecto: ponderem-se as vantagens financeiras e as desvantagens do traçado sinuoso e afastado de algumas das manchas de maior densidade populacional. E decida quem paga! Mas, para já, decida-se de uma vez por todas avançar com o prolongamento do Dragão a Rio Tinto, com a ligação de Gondomar ao Porto e que fique claro a linha pela Avenida da Boavista é não só uma má solução como uma não solução, porque obriga a transbordo e mantém o entupimento da linha da Boavista à Trindade!), donde a necessidade de optar pela ligação a Norte da Senhora da Hora com a estação mais próxima de outra linha: Hospital de S. João (por área mais densa que a Boavista).

Rio Fernandes