De: Cristina Santos - "Limites do património"
Comparativamente por exemplo a França os limites que a Porto Vivo impõe são absolutamente nada, aliás nesse país, e pelo que me é dado a ler, a maioria das intervenções por aqui realizadas seriam na actualidade proibidas. Acontece que a Porto Vivo se vê obrigada a condescender, a sociedade portuguesa não tem informação para valorizar o património, e consequentemente não existiria qualquer intervenção se não fossem alargados “todos” os limites. Necessitamos de intervir com urgência. O risco é enorme, há inúmeras habitações degradadas ou paredes meias com prédios em ruína, portanto condescende-se, valores humanos se levantam.
Julgo, que para minimizar e até auxiliar ao melhor ganho intervencional, seria do interesse de todos, a publicação por parte das entidades competentes, de brochuras e compêndios informativos acessíveis, distribuídos gratuitamente, e relativos às particularidades dos nossos edifícios e o valor que representam. Dessa forma, os proprietários e investidores estariam alerta e conscientes daquilo que possuem e por ignorância, ou descalabro do aconselhamento técnico, na maioria das vezes arrasam, agarrando-se apenas a perfis de fachada, que ainda que sejam valiosos, tratam de um valor exterior, publico. O interior, onde reside a essência do fenomenal é completamente depreciado. Há dificuldade extrema em tentar provar o valor da representatividade histórica. A actualidade não se compadece de pormenores, pura falta de informação.
Poderá alegar-se que não há mercado para este tipo de habitações estilo "regresso ao passado", na minha opinião é um segmento importante e com elevada procura (turismo, arte, habitação individulista, etc), deviamos aproveitar o resultado da experencia em outros paises da Europa, mas a experiencia do ponto onde ela está actualmente, evitando cometer os erros que outros comenteram e hoje tentam emendar. Deixo excerto «Le droit du patrimoine - Suivis de voeux, faisabilités, affaires diverses»
“Pour autant, une fois la sécurité et la protection dês personnes assurées, cette maison du début du XVIII siècle, ne menace pas véritablement ruine et mériterait d’être réhabilitée. Celle-ci doit être intégrée au projet de logements sociaux envisagé, afin de valoriser et d’ancrer plus certainement l’opération dans une continuité urbaine, puisque cette construction constitue l’un des rares témoignages de l’urbanisation du début du XVIIe siècle dans ce quartier du 11e arrondissement. La Commission du vieux Paris a renouvelé son voeu, suite à l’arrêté de péril délivré le 4 juillet 2006, pour que l’édifice datant du XVIIe siècle et qui a conservé sa distribution d’origine, en particulier son escalier à balustres en bois rampe sur rampe, soit conservé et consolidé rapidement au 22.” (verifiquem por favor a escada)
“(…) Afin de réunir les unités foncières et d’aménager une seule salle de restaurant au rez-de-chaussée, le propriétaire souhaite la suppression du mur de refend ancien séparant les deux constructions. Ce permis est refusé par la Commission, considérant qu’il s’agit d’une atteinte importante au bâti ancien. Le DHAAP a par ailleurs entrepris une négociation avec l’architecte du pétitionnaire afin de satisfaire à son projet d’aménagement tout en minimisant l’impact des démolitions.”
Podem consultar mais nesse site, também trata de reabilitação por quarteirão.
Cristina Santos