De: Augusto Küttner de Magalhães - "Cascata de S. João – Fundação Escultor José Rodrigues"
Para além de se achar sempre que a noite de S. João é a mais democrática e prolongada do Norte, ou do País, de facto é uma altura em que mesmo em tempo de crise - à qual não se vislumbra remedeio, quanto menos fim, - é uma oportunidade para todos viverem um momento diferente de descontracção e até de atracção de turistas, internos e externos. Deveria também ser uma noite em que o Poder Central deveria descer ao Norte, como de resto já aconteceu com alguns Presidentes da República e até PMs e tal deveria acontecer com a máxima simplicidade, adequada aos tempos de contenção.
Para além de “tudo isto”, tem sido dado alguma relevância são-joanina, mais que devida e merecida, à Cascata de S. João, que por norma é colocada junto à Câmara Municipal do Porto, tapando por uns dias o Almeida Garrett que temporariamente se não deverá incomodar. Sendo que este ano, com as mais diversas utilizações que se tem dado à Avenida dos Aliados, culminando com um local enorme para se ver o Futebol, tendo antes havido a Feira do Livro, automóveis às voltinhas, e antes ainda a visita do Papa, mas de facto no momento é o ecrã para mostar futebol, a Cascata perdeu direito ao espaço.
E de repente percebemos, estando atentos a alguns noticiários fugidios de algumas boas rádios, que haveria uma cascata, afinal, mas desta na Fundação Escultor José Rodrigues. Como a maioria dos portuenses não saberá onde tal - Fundação - se localiza, foi-se (vai-se!) junto à Cooperativa Árvore procurar, dado da mesma fazer parte o Escultor José Rodrigues, mas espanto dos espantos, não se sabe (sabem) onde fica….. até que conseguindo ouvir na rádio mais uma nota sobre a cascata entende-se (estando com mais atenção) que é na Rua da Fábrica Social e lá se vai ter, perguntando, fica numa transversal na Rua de Santa Catarina, quem sobe antes de chegar ao Marquês!
Local um pouco escondido no Centro do Porto, mas esplêndido. Onde o Escultor José Rodrigues recuperou as instalações de uma antiga fábrica de chapéus – de uns ingleses, que depois foi uma tinturaria e temos logo à entrada a Cascata de Joaquim Correia, que com toda a gentileza rejubila como foi fazendo aquela cascata, como tudo mexe, como prefere na mesma investir em vez de gozar grandes férias. Aproveitando a simpatia de uma colaboradora da Fundação foi possível ver umas esculturas do Mestre no espaço contíguo ao local onde estava a Cascata e, na parte exterior que será de futura reconstrução, uns graffitis feitos por uns “pintores”.
Excelente, este espaço de Cultura/Lazer, também tem uma instalação de Bailado, aqui no Porto. Esperemos que seja mais divulgado este bom espaço a bem da Cultura, do Porto, do Norte, do País, e até do Turismo. Temos tantas “coisas” tão boas cá dentro e tão mal as aproveitamos!