De: Raquel Pinheiro - "Patrulhas de cidade, copos e garrafas de vidro"
A ideia que o Tiago tem defendido para o Porto, de patrulhas citadinas que zelam pelo mobiliário urbano e pelo património da urbe, foi implementada em Setúbal. Na cidade sadina, como se pode ler no artigo do Público, as patrulhas são constituídas por reformados entre os 50 e os 80 anos, que recebem da autarquia um telemóvel com números importantes memorizados, treino para lidarem e abordarem as pessoas e curso de primeiros socorros ministrado pelos bombeiros. Os resultados têm sido benéficos e seria interessante replicar no Porto esta ideia.
Tiago, é verdade que proibir as garrafas e os copos de vidro, como defende a ABZHP, não resolve o problema de fundo nem impede que se tropece no vomitado e no lixo. Mas uma zaragata com garrafas ou copos de vidro causa feridas mais severas do que com garrafas e copos de plástico. Tal como vidros estilhaçados no chão, copos ou garrafas de vidro partidos os semeados pelos passeios e ruas são mais perigosos do que garrafas e copos de plástico. Em Lisboa, a generalidade dos bares, se uma pessoa quer vir para a rua – e estava a beber num copo de vidro ou por uma garrafa de cerveja –, verte o conteúdo para copos de plástico.
Os problemas causados por multidões, onde uns quantos bebem em demasia, não são exclusivos do Porto ou de Portugal. Os espanhóis têm o botellon, em França e em Inglaterra o “binge drinking” (beber em excesso, muitas vezes com subsequentes desacatos), levou a medidas drásticas. Em Rennes a Câmara Municipal começou a comprar bares para os fechar e a Inglaterra está em vias de cobrar aos pubs e bares que permaneçam abertos para além das onze da noite uma taxa de “law and order” para ajudar a custear as despesas policiais extra, causadas pelos desacatos provocados por quem bebe em excesso.
Tem é de se encontrar um meio-termo entre a actividade dos bares, vender bebidas, a segurança dos que estão na noite e dos que têm de passar por zonas de animação nocturna, a limpeza da cidade e o cuidar/manter do mobiliário urbano e património.