De: Augusto Küttner de Magalhães - "Poupanças Públicas/Municipais nas Festas de S. João"
Ao que parece este ano haverá por parte das Câmaras poupanças significativas nos Festejos de S. João. Pena ser só pela crise que estas poupanças acontecem. Como tão badalado e de facto tem sido, as Festas de S. João são o momento no ano em que o “povo sai à rua e se diverte na rua”, mas de facto as poupanças que vão – possivelmente – ser feitas este ano, não desvirtuam de modo algum a noite em si e a Festa, e já deviam ter sido feitas há muitos anos. Desde o fogo de artifício que em anos por birras municipais demorava tempos infindos por ser feito em separado pelas duas Câmaras no Rio Douro – Porto e Gaia, - a ver qual gastava mais dinheiro, e qual fazia mais barulho e luz durante a quase totalidade da primeira hora de 24 de Junho. Até mesmo – últimos anos - em conjunto fazer-se um fogo de artifício tão demorado e evidentemente tão dispendioso. O que este ano possivelmelmente ainda não durará, tempo zero, já o podia/devia acontecer.
Não é o fogo de artifício que anima as pessoas, mas se existe vê-se!, e no fim fica a sensação de tanto dinheiro que foi pura e simplesmente queimado, durante bastante tempo a começar às 00h00 de 24 de Junho. Poupar onde deve ser poupado é indispensável, dar o exemplo de cima e essencialmente quando são gastos feitos com o dinheiro dos nossos impostos, é essencial. E a Festa de S.João continua animada e até volta um pouco às suas origens, com muito menos fogo de artificio ou até nenhum, e a alma é-nos aquecida pelos percursos a pé feitos de um lado para o outro, por vezes olhando o balão, que alguns – privados - para o ar enviam e deixando de se gastar dinheiro para “unicamente” queimar quando tanta falta faz, quando está a ser queimado em tanto lado de muito mais utilidade e necessidade. E não acaba o S.João nem a noitada se não houver fogo de artifício, e mantém-se a alegria, o ânimo e mais bom senso, com muito menos desperdício.
Devíamos ter aprendido com pequenas e mais poupanças, todos, a nível público e privado talvez antes de ficarmos com a “corda na garaganta”, mas nunca é tarde para aprender, nunca é tarde para dar o exemplo. E bom S.João para todos aqui no Porto, em Gaia, em Vila do Conde, e onde mais haja, com menos gastos e até com mais alegria!
Augusto Küttner de Magalhães