De: João Faria - "Ainda o barulho de Serralves"
Caros amigos,
Em relação à questão do barulho provocado por Serralves NonStop, não consigo estar mais de acordo com o que Augusto Küttner de Magalhães aqui referiu. Não consigo perceber tal intransigência numa única noite de festa, em Serralves, que premeia um fim de semana diferente e que em muito contribui para a dinamização cultural na cidade do Porto.
Uma noite de barulho (em 365 noites), autorizada pelas entidades competentes, leva a tanta revolta? Revolta essa exagerada, não fosse o termo "selvagens" utilizado por António Alves, para caracterizar as pessoas que exerciam o seu direito de participar nessa festa. Uns de manhã, outros à tarde, e uns poucos à noite. Uma noite em centenas de outras. É necessária tanta intransigência?
Caro António Alves, deixe-me que lhe diga, cordialmente, mas queixa-se por muito pouco. Sou morador da baixa do Porto, num quarteirão onde existem 4 espaços de diversão nocturna. Imagina o barulho às sextas e sábados (quando não durante a semana) provocado por esses mesmos espaços, bem como pelos transeuntes? Duas noites por semana durante um ano, é fácil fazer as contas. Apesar de todo esse barulho, vejo o lado positivo. Vejo uma cidade acordada, com vida, com cultura, com actividades. Não me posso queixar, é no Porto que vivo, numa cidade em crescimento, na cidade que escolhi para viver com tudo o que tem de bom e de mau. É necessário saber viver com a cidade, na cidade, com as pessoas que nela trabalham, vivem e se divertem.
Num raio de 15km do Porto não faltam lugares pacatos e sem vida nocturna. Dito isto, não vejo motivo para tanto alarido... por uma noite de festa. Deixem a cidade viver.
João Faria