De: Cristina Santos - "A cultura do «funcionalismo público» 1"
Pergunto-me: será que as pessoas de facto pretendem um trabalho para toda a vida, no mesmo sítio, com as mesmas funções, toda a vida não é tempo demais?
Este dogmatismo da estabilidade e do trabalho para toda a vida impede experiência, impede conhecimento, impede o desenvolvimento do país. Que tipo de reclamação é essa? Devemos concentrar esforços para que a tributação baixe, para que os custos de produção diminuam, e abandonar definitivamente essa ideia de patrões e escravos. É necessário que seja rentável investir no país, e isso só se consegue com a reforma completa do mercado de trabalho, das leis laborais, com o baixar da tributação, e baixar esses custos só é possível baixando o stock de proteccionismo que todos reclamam, numa injustiça tremenda que é a de esperar que os outros, as empresas, ou antes os patrões, assumam riscos que os próprios nem por sombras têm na ideia assumir.
Lamento, mas não vejo em que é que um trabalhador eficiente possa ser prejudicado por trabalhar a recibos verdes, não percebo como não vêem nisso uma oportunidade, e acima de tudo a liberdade que os efectivos não têm, para aumentar rendimentos.
Cristina Santos