De: Paulo Espinha - "Passadeiras na Rotunda? Rotunda? Então não é óbvio?"

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-16 11:39

Caros,

Ao longo de mais de 25 anos de trabalho em tráfego, em algumas ocasiões, tive eu mesmo de dar a mão à palmatória. Isto é, aquilo que tinhamos concebido teve que ser retificado. E é natural que assim tivesse sucedido.dO que não é natural é, perante o óbvio, negar-se esse mesmo óbvio. Pois o óbvio sobrepõe-se, neste caso das passadeiras na Rotunda, ao princípio de fazer coincidir as passadeiras com os semáforos... Em nome da segurança dos peões, numa versão verdadeiramente ultrapassada relativamente às mais modernas filosofias de concepção e gestão do espaço urbano (ainda agora acabou de decorrer em Lisboa a Conferência Território, Acessibilidade e Gestão da Mobilidade).

Mas querem ver outro óbvio: porque será que os ligeiros andam sobre "alcatifa" e nós, peões, temos de andar sobre cubo?
E outro óbvio ainda. Desde que eu me conheço na cidade (há mais de 40 anos) que a Rua da Constituição, após umas grandes obras de beneficiação, é pintada sempre da mesma forma, a qual não tem nada a haver com a realidade do parqueamento ilegal que pode ser já hoje considerado como uma pré-existência e do número de vias reais que os conductores criam no dia-a-dia.

Razões? Isso eu não digo, mas sei quais são! Se quiserem digo-vos ao ouvido, baixinho... depois vão começar a ver orelhas a avermelhar... e não são poucas e não só do nosso burgo...