De: José Ferraz Alves - "Ainda as Barragens"

Submetido por taf em Terça, 2010-04-13 22:01

No interior do quarteirão  No interior do quarteirão


Quero deixar bem claro que não sou um anti-barragista nem um anti-empresas necessárias para o desenvolvimento do país. Como provam as imagens que tirei no passado fim de semana na Barragem do Maranhão, Avis, a envolvente é divina. Mas porque não está esta barragem a fazer o aproveitamento da energia hídrica? Pelo que me disseram, após um processo de automatização que levou à redução - anulação - do quadro de pessoal, neste momento não há qualquer aproveitamento hídrico neste espaço e o mesmo encerra um grave perigo que originou já uma morte. Estamos assim num país tão rico que nos possamos dar ao luxo de não aproveitar as barragens existentes e em construir outras novas, destruindo uma das linhas ferroviárias mais bonitas do mundo - Tua - e com isso limitando o potencial da região ou em esquartejar o mais romântico e belo rio de Portugal - o Tâmega -, destruindo habitações, pontes, parques de campismo e colocando em risco a população de Amarante? O interesse é na energia, ou em movimentar mais obras, indemnizações e comissões? Ou em ganhar espaço estratégico para a futura privatização da concessão de águas e dos espaços abrangentes? Praias privadas em Parcerias Público-Privadas, só nos faltava mais esta invenção centralista.

A EDP pode, pf, explicar-me se sou eu o desnorteado? Os partidos políticos podem-me explicar se estão ao corrente destas situações? As Câmaras locais o que pensam sobre esta situação?

José Ferraz Alves