De: José Silva - "A barragem do Tua deve/tem de ser adiada"
Como referi há meses atrás, o romantismo ferroviário não salvará o Tua. Deve-se combater a(s) barragem(ns) propriamente dita(s) e não as consequências ferroviárias das barragens. O melhor mesmo é pegar nas palavras de António Mexia:
«O que se passa é que este foi o Inverno mais chuvoso das últimas décadas, acompanhado de muito vento. Houve também uma queda da procura em 2009, o que faz com que o lado térmico (carvão e gás) trabalhasse menos. O mercado ibérico investiu para um crescimento da procura que não se verificou. Até que se dê essa absorção, tem conjunturalmente excesso de capacidade.»
Tal como ocorreu no colapso da bolha tecnológica dos anos 2000, onde os investimentos em telecomunicações demoraram anos a serem usados/rentabilizados, se é que o foram, também estamos a viver uma bolha de investimentos em energias renováveis. O «conjunturalmente» de António Mexia é obviamente de médio e longo prazo. Portanto há excesso de capacidade instalada na produção de energia e a aposta na renovável é questionável. A barragem do Tua deve/tem de ser adiada.
José Silva - Norteamos