De: Luís Gomes - "Complexo do Fluvial: Uma história à Portuguesa"
O projecto que pretendia servir de bandeira social e de prática de desporto, num dos clubes mais antigos do Porto, tornou-se em mais um complexo de negócio imobiliário em que o fim público e de utilidade pública foi o que menos ganhou. Senão vejamos:
- - Vários blocos habitacionais de luxo
- - Projecto para um hipermercado
- - Ginásio & SPA de luxo e lojas
- - Complexo das Piscinas
- - Estrutura (semi-encerrada) do antigo Pavilhão do Fluvial
- - Parque de estacionamento (semi-encerrado)
A CMP doou, pelo valor simbólico de cinco euros, uma parte dos terrenos adjacentes à antiga Piscina do Fluvial. Com essa alienação construíram-se os ditos empreendimentos para financiar o complexo de piscinas, e deparamo-nos agora com o encerramento por 2 meses das piscinas por falta de pagamento de contas correntes e do alvará de licenciamento dos ditos terrenos ao município. Afinal o que se passa? Má gestão? Criou-se uma estrutura demasiado ambiciosal? E se sim como se redimensiona um clube perante uma situação de dificuldade?
Sem querer especular muito o resultado está a vista: utentes sem poder usar as piscinas, pais que ficam com os filhos sem actividade extra curricular, clientes de um ginásio que pagaram por um acesso à piscina e que também se vêem privados dela etc. Para quem valeu a pena a reestruturação do complexo? Para o cidadão? Para o promotor imobiliário? Para os investidores? Para o município? Para o contribuinte?
Luís Gomes