De: José Silva - "Mais uma negociata com padrão lisboeta"
A escola pública, nomeadamente a gestão, manutenção de instalações vai ser privatizada. Obviamente que o padrão das negociatas lisboetas se repete:
- Sector de bens e serviços não transaccionáveis, com menor concorrência e monopolista;
- Mera privatização de uma actividade da administração pública sem qualquer relevância em termos de empreendedorismo;
- Não exporta, não substitui importações, não inova;
- O «mercado», clientes, pagadores de impostos é todo o território nacional;
- Receitas garantidas pelo Orçamento de Estado/PPP e fundos UE e financiamento disponível a baixo spread pela banca;
- Gestão centralizada;
- Instalações, cargos, responsabilidades, tráficos de influências na decisão de fornecimentos, salários milionários, concentrados em Lisboa.
Conclusões:
- Não há qualquer diferença entre este processo e a privatização da EDP, REN, água, auto-estradas, ANA, Saúde, etc. Seguir-se-á a Segurança Pública, Justiça, etc.
- O discurso a partir de Lisboa é de empreendedorismo, inovação, internacionalização, modernização, bla, bla, bla, mas a prática é o assalto a serviços públicos e que possam ser lucrativos. O bla, bla, bla, é para o resto de Portugal, para aqueles que gostam de trabalhar.
- Em vez de se colocar os serviços públicos em concorrência regional entre si, o que se faz é privatizar um monopólio.
Enfim.
José Silva