De: Augusto Küttner de Magalhães - "Serralves e a sua Biblioteca"
Garanto que não é doentio este meu apego a Serralves. Garanto que gosto de Serralves. Penso que quase todos cá do Poro, mas até da capital = Lisboa e de todo o País gostam. Serralves é um bom espaço, tudo, em Serralves! Até aquelas excursões para turistas – essencialmente estrangeiros – em autocarros especiais de dois pisos fazem um pequeno desvio, ao descer a avenida da Boavista, entrando na avenida Marechal Gomes da Costa para fazer mostrar aos seus passageiros de fora Serralves, sem os mesmos saírem dos seus lugares. Se nos focarmos na Biblioteca, tem algo de interessante que são uma espécie de balões de vidro pendurados no tecto, que têm umas lâmpadas no seu interior, balões de várias cores, tamanhos e feitios. Não serão a iluminação essencial da Biblioteca, mas são uma excelente componente do espaço que pode ser visto de duas perspectivas: do interior olhando o tecto e do jardim, olhando para o interior através de uma grande janela que fica ao nível do exterior do jardim, e do interior do tecto da biblioteca. Esta tem dois pisos, o inferior a “verdadeira biblioteca” com livros, com computadores, com muitas, bastantes mesas, e que serve para se lerem os livros lá existentes, os que levamos, para muitos estudarem, para outros escreverem; o piso superior é ainda um espaço aberto a exposições e tem um pequeno inconveniente, de criar algum ruído, de quem está nesse espaço para quem está em baixo. Mas globalmente é um bom espaço, tendo de se descer as escadas, depois de passar o hall de entrada, a caminho do Bar e ir para a direita em vez de para o Bar à esquerda. Está-se bem, por vezes uns jovens estudantes distraem-se e falam um pouco mais alto mas de imediato, apercebendo-se, ficam em silêncio. Sim, porque trata-se de um espaço não só para jovens, bem pelo contrário é procurado por ser calmo, confortável, um bom espaço.