De: Augusto Küttner de Magalhães - "A nova linha do Metro do Porto"
Tem sido um parto difícil saber-se qual o percurso definitivo da nova linha do Metro do Porto, que irá ligar Matosinhos ao centro do Porto. Ao que parece já não será pela Boavista, o que temos todos de assumir que se trata de uma medida acertada, dado que até à Fonte da Moura não tem habitantes que o justifiquem, e daí até à Rotunda teria imensas implicações com o trânsito de pessoas e veículos. Depois veio ao que parece em definitivo a alternativa/decisão para o Campo Alegre, e começou a preocupação de como seria a travessia do Parque da Cidade, já resolvida. Segue-se a travessia da futura Via Nun'Álvares que ao que conseguimos bem entender será enterrada/subterrânea, uma vez que esta via ainda não está sequer construída logo o custo será idêntico, escavar uma vala antes de feito e colocar o metro subterrâneo, ou construir em cima da via, se já estivesse feita. Medida acertada! Depois entra-se em Diogo Botelho e seria muito complicado fazer circular o Metro, automóveis e pessoas em espaço tão apertado, logo será também aí enterrada. Ao que parece terá uma parte aérea junto ao Parque da Pasteleira voltando a ser subterrânea, evidentemente única alternativa ou então aérea, e de repente aparece uma novidade que me espanta e ao que lemos, não está a ninguém minimamente preocupar. A travessia da Rua D. Pedro V, opção em viaduto por cima desta via, parece ser a decisão. Nem mais nem menos! Ali não pode passar ao que dizem por baixo do solo, logo vai por cima! Fácil decisão, se não é preto, é branco. Mas estamos a falar numa zona com bastante construção nomeadamente em altura, - veja-se todo o topo de D. Pedro V - e ao que se entende em “princípio” não obrigará à demolição de nada. Ou seja, “em fim” bem lá vão haver demolições! E quais? Que prédios? Os mais habitados, o do Vilar, a zona antes da Galiza? Será essa a única alternativa. Ou vai passar mais abaixo de D. Pedro V, quase não “incomodando” o que já lá está?
Será que os problemas custo/benefício se vão resolvendo conforme quem reclama e o tom em que o faz? Ou seja, desde Matosinhos, com mais ou menos protestos e indignações, têm vindo sido a ser feitas alterações ao projecto inicial, e nesta fase final “em princípio” um viaduto não vai / não irá! Implicar demolições! Mas pode implicar! E quais? Seria talvez conveniente este tema ficar bem esclarecido, para todos bem entendermos, dado que se há zona que não justifica demolições é aquela! Tanto de degradado há a demolir nesta nossa cidade, que parece que deve haver uma certa sensibilidade em não mexer demolindo nesta zona conservada e a ser bem utilizada. Para além de prejuízos pessoais e custos materiais que a tantos pode vir a trazer. Assim, fica um alerta para naquele local haver o cuidado de a nova linha do Metro não ser algo que vai causar transtornos, perdas desnecessárias, logo ser bem estudada e bem colocada a travessia "por cima ou por baixo” da Rua D. Pedro V.
Augusto Küttner de Magalhães