De: José Ferraz Alves - "Quotas de Administradores por Regiões"
O sistema de quotas tem sido defendido como uma forma artificial de impor a correcção a situações de discriminação, mais referido a propósito da atribuição de cargos de responsabilidade a mulheres, nomeadamente na vida política. Como sou dos acredito que a proximidade física à realidade é a primeira condição para as mais correctas decisões, e não vejo que isso esteja a ser feito de forma natural, e como uma da funções públicas é a correcção das distorções ao normal funcionamento dos mercados, sugiro que as Empresas e Institutos Públicos tenham obrigatoriamente os seus Conselhos de Administração com 20% de Administradores de cada uma das regiões (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve).
A coesão no país depende de pequenas decisões que possam ser tomadas. A fixação geográfica de poderes de decisão às Regiões aumenta o conhecimento e envolvimento das decisões e reparte os rendimentos de forma mais equitativa pelo país, promovendo mais focos de atracção de outros decisores e suas equipas, estes de cariz privado, em seu redor. Afinal, o desenvolvimento da Região de Lisboa é o resultado de uma concentração de decisores públicos e privados, suas remunerações e staffs de apoio, numa única região do país.
José Ferraz Alves
Rede Norte