De: Daniel Rodrigues - "Red Bull e saúde"

Submetido por taf em Quinta, 2010-01-07 22:43

A Red Bull não passa de facto de peanuts. Deviamos centrar a discussão no essencial. Para todas as discussões que os leitores deste blog possam ter, aqui estão algumas verdades, vindas directamente do INE, que poderão utilizar.

Tabela

Tabela


Os deputados eleitos pelos círculos do Norte poderão também fazer uso desta realidade, e frisando a comparação que forçosamente mais interessa aos leitores, entre o Norte e Lisboa e Vale do Tejo:

Hospitais:
  • Médicos - Norte 18 | LVT 30
  • Enfermeiros - Norte 30 | LVT 42
  • Outro - Norte 70 | LVT 80
Centros de Saúde
  • Médicos - Norte 7 | LVT 7
  • Enfermeiros - Norte 7 | LVT 6
  • Outro - Norte 11 | LVT 10

(todos os valores por 10000 habitantes)

Há duas perspectivas para esta disparidade:
1 as regiões estatísticas estão mal formuladas, para o bem e para o mal;
2 sendo actualmente responsabilidade do Estado e não de privados a saúde, exige-se que pelo menos faça uma distribuição justa a nível de NUTS II.

Consequências: é necessário aumentar a proporção de médicos por 10000 habitantes no Norte. Uma relocalização de 10% dos médicos em LVT implicaria um aumento de 16% dos médicos/10000 habitantes no Norte. Pode ser conseguido com o reforço de determinadas especialidades, ou relocalização de outras.

Melhores cumprimentos,
Daniel Rodrigues

Nota adicional: A dispersão de pessoal ao serviço do Estado por todo o território teria o condão de distribuir também a sua riqueza sócio-económica. O facto de localizar médicos em diferentes pontos do território melhora não apenas os serviços de saúde de uma determinada comunidade. Melhora também o próprio tecido, uma vez que os rendimentos auferidos por esta classe profissional permite a utilização (e exigência) de bens e serviços que de outro modo não são utilizados. Por contraponto, o facto de se concentrar este serviço num determinado ponto tem implicações nas assimetrias.