De: Daniel Rodrigues - "Red Bull Air Race"
Dirigindo-me aos deputados eleitos pelo círculo eleitoral do Porto, pergunto se estão a tomar as necessárias diligências para esclarecer cabalmente a causa primária desta discussão:
«Na sexta-feira, Luís Filipe Menezes e Rui Rio afirmaram ter sabido por "fonte oficiosa" mas de "grande credibilidade" que a organização da corrida se preparava para "voar" para a capital portuguesa, por 12 milhões de euros, com patrocínios de empresas participadas pelo Estado.»
"No ano passado, a comparticipação do Estado nas despesas das cidades de Porto e Gaia foi de 500 mil euros. As Câmaras entraram com 400 mil euros cada e o resto proveio de patrocínios."
"Galp Energia e EDP afirmaram nunca ter patrocinado a prova. A TMN, que patrocinou o evento nos últimos dois anos, garantiu em declarações à Lusa, que não pretende voltar a fazê-lo."
Em particular, considerando estes três pontos da notícia do JN, gostaria que os Srs. Deputados esclarecessem as seguintes perguntas:
- - Propôs o Estado, através dos seus institutos, câmaras, ou empresas participadas, à organização da Red Bull um "package" de 12 milhões de Euros, por contraponto ao financiamento de 1 milhão e 300 mil euros que deu em 2009?
- - A Galp Energia e a EDP, empresas efectivamente controladas pelo Estado, afirmaram nunca ter patrocinado a prova. No entanto, terão sido contactadas por alguém do Estado no sentido de patrocinarem a corrida Red Bull no próximo ano, e colocado nesse contacto alguma referência à localização da corrida?
É importante que os deputados eleitos pelo círculo do Porto à Assembleia da Republica, independentemente da sua cor política, não poupem esforços a encontrar a resposta a estas questões, e não fiquem satisfeitos por respostas evasivas como esta: "Não tenho conhecimento de que o Estado ou algum organismo em que o Estado tenha decisão esteja envolvido na localização do evento para o próximo ano". - Se Vieira da Silva não tem conhecimento, talvez seja necessário perguntar a alguém que tenha.
PS: Caro José Ferraz Alves, sendo as suas perguntas pertinentes, apenas a segunda não me parece suscitar dúvidas - "2. A política desta organização não passa por uma rotatividade dos espaços físicos de realização dos eventos?": para o caso de Budapeste e Abu Dhabi, não. De igual modo, Barcelona recebeu a corrida nos últimos 4 anos, embora tenha sido cancelada em 2008. De igual modo, irá regressar a Perth este ano, depois de já ter recebido a corrida de 2006 a 2008. Não me parece que a rotatividade dos espaços físicos seja necessariamente uma política da organização...
Melhores cumprimentos,
Daniel Rodrigues