De: Movimento Cineclube do Porto - "Cineclube do Porto - Sobre o Manifesto"

Ex.mo. Senhor Teodósio Dias

Registamos, com apreço, o interesse demonstrado por V. Ex.a. relativamente ao Manifesto elaborado pelo Movimento pelo Cineclube do Porto (MCCP). Aproveitamos para informá-lo, e a quem mais nos ler, que, muito brevemente, o MCCP fará divulgação, através de correio electrónico e pelo nosso blog, da data, hora e local de reunião pública que vai efectuar, onde apresentará as suas propostas para a redinamização do Cineclube do Porto (CCP) e tentar informar sobre a situação actual desta ilustre instituição cultural portuense. Caso pretenda estar presente na referida reunião, dando os seus contributos, solicitamos que V. Ex.a. nos indique o seu endereço de correio electrónico, para que o possamos informar atempadamente.

De igual modo, tendo em conta o facto de V. Exa. ser o “responsável do blog do Cineclube do Porto” e a disponibilidade que demonstrou para “ajudar à sobrevivência” desta entidade, sugerimos que, quando fizermos a comunicação da data, hora e local da reunião, informe a Ex.ma. Direcção do CCP deste facto para que, se entender, participe e dialogue com os presentes. Deixamos esta sugestão, pois já tentamos estabelecer contactos, os quais se revelaram sempre infrutíferos, por diversas vezes e através de diferentes meios (correio electrónico do CCP; telefonicamente; carta deixada na caixa de correio da sede; por intermédio de algumas pessoas) para tentar encontrar uma solução para o CCP, não havendo, até ao momento, qualquer resposta. Refira-se que foram estes factos que motivaram a constituição do MCCP e posterior elaboração e publicação do Manifesto.

Note-se que esta impossibilidade de contacto não se verificou só com o MCCP. Na edição deste fim-de-semana do Grande Porto, este semanário, na pág. 39, informa que “tentou, sem sucesso, chegar à fala com Brígida Velhote, directora do Cineclube”.

Todo o cidadão tem o direito de se preocupar com a situação do Cineclube do Porto. Pela sua importância histórica e cultural, consideramos que é uma obrigação cívica levantarmo-nos contra o actual estado de abandono. Relembramos que o Cineclube é uma “instituição de utilidade pública” e, como tal, beneficia de isenções e outras regalias concedidas pelo Estado. Esta qualidade implica, por isso, obrigações para com a Comunidade que transcendem e muito a mera prestação de serviços aos sócios.

Por último, deixamos a referência da Petição do Manifesto do MCCP, onde poderá constatar as mais de 300 pessoas que a subscreveram, em menos de duas semanas, transmitindo elevado interesse por esta iniciativa.

Despedimo-nos com os nossos mais respeitosos cumprimentos.
A Organização do MCCP