De: Cristina Santos - "Porto Vivo - empresa de reabilitação"

Submetido por taf em Quinta, 2006-07-20 15:04

No seguimento dos posts relativos ao VIV'A Baixa, sugeria que a SRU publicasse os preços que estes fornecedores praticam no âmbito do protocolo, dado que este acordo só é vantajoso para o investidor caso revele uma excelente relação preço/qualidade. Quanto a pretender ser parceiro no programa penso que está ao alcance de qualquer fornecedor candidatar-se a este protocolo, se não se candidatar não poderá fornecer.

Como sempre nestes protocolos público/privados só se candidatam líderes de mercado.

Contudo há parcerias neste programa que não podem ser substituídas pela natureza do material que fornecem, ou seja, não há concorrente à altura da Weber quer se queira ou não, os cimentos desta marca são quase imprescindíveis em qualquer restauro, a Lusoceram também é imbatível em qualidade/preço/imagem, a Roca é uma gama acessível, a Marilina também compensa, a Iberlim compensa pela invulgaridade da técnica- Limpeza CRIOGÉNICA.

Agora os trabalhos de envergadura, madeiras, caixilharias, estruturas... bem, aqui, na minha modesta opinião, nenhuma delas compensa para trabalhos que não sejam de luxo e em massa. Mas tudo depende de quem se candidata dos descontos que a SRU exige, por exemplo custa-me a acreditar que a Novinco ofereça melhores soluções em Sub-telha que a Onduline... mas é relativo.

Tenho ainda a dizer que no Porto há empresas de reabilitação que há muito se lembraram dessas parcerias, os descontos que obtêm dos fornecedores (fornecedores Regionais) estão presentes nos preços das empreitadas – se o fornecedor traz o material à obra o desconto é aplicado directamente ao preço do cliente sem qualquer taxa, se não traz à obra, o empreiteiro reparte o desconto a meias com o cliente final - o custo grosso está na mão-de-obra e não em material – o que se pretende é aplicar o melhor material a custo de material corrente, quanto melhor e mais adequado o material mais fácil se torna a obra, o cliente é beneficiado, a obra fica garantida, há interesse para todas as partes que o desconto que obtêm o empreiteiro seja um benefício para o cliente final - o fornecedor deve ganhar na venda de material - o empreiteiro na mão de obra – o cliente com o resultado da melhor parceria.

E depois sem este tipo de benefício também não há mercado. Essa é que é essa.

O cerne da questão está em saber qual a empresa que tem melhores parcerias, mas isto não é assim para o tecto, por exemplo o cliente final pode dirigir-se directamente ao fornecedor/parceiro, verificar os preços de venda ao público e conferir a taxa de desconto que a empresa de reabilitação lhe oferece. Como não interessa andar a perder tempo com fornecimentos por parte do cliente – garante-se à partida o melhor preço e de outra forma não se trabalha.

A SRU é semelhante a uma empresa de reabilitação privada, faz tudo o que uma empresa de reabilitação faz, como é pública provavelmente consegue melhores protocolos e tem a benesse das licenças, outra coisa que difere é que nas privadas não se proíbe nada.

Como estou um pouco armada em esperta hoje, deixo uma última consideração: atenção à exposição solar das janelas em PVC, cuidado com o excesso de isolamento das caixilharias, lembrem-se que já não se estendem tapetes nas varandas e raramente de abrem os vãos como se fazia antigamente e principalmente lembrem-se que janelas de guilhotina com vidro duplo, só com molas de compensação importadas, que de resto não há quem possa com elas. Preocupem-se em isolar entre pavimentos e paredes, porque as casas de pedra/madeira já oferecem bom isolamento por natureza.

Cristina Santos

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Nota de TAF: Se os preços fossem sempre realmente melhores, nem sequer fazia sentido a questão da obrigatoriedade - o cliente optaria naturalmente pelos fornecedores propostos pela SRU. Se existe essa cláusula é porque não há a garantia de que isso se verifique.