De: Rui Moreira - "Precipitações"
Meu caro António Alves
Quanto à Mota-Engil, confesso que não compreendo o que quer dizer. Não sou accionista, administrador nem sequer simples actor. O António saberá do que fala, mas compreenderá, ou aceitará pelo menos, que eu não sei. Por isso, não me peça para alinhar em insinuações.
O que sei é que a ACP tem as suas prioridades. Não cultivo o zagalote. Mas a ACP denunciou a partilha do QREN, a questão do INE e da API, tomou posição relativamente às infraestruturas, reclamou a gestão do aeroporto, contestou a "nacionalização" da gestão do Metro. Conseguiu, pelo menos, impedir a holding portuária.
Quanto à rede ferroviária, continua a defender o que SEMPRE defendeu, sem se enfeudar aos tacticismos. Pois, é verdade que não conseguimos que a linha Aveiro-Salamanca seja feita, ou sirva para escoar a nossa produção industrial. Mas continuaremos a lutar para que esse desígnio estratégico seja conseguido.
Sobre o movimento associativo, a ACP não está interessada em abandonar a sua raíz regional. Não se fez nacional. Estará, por isso, comigo ou com outro, sempre deste lado e sempre por aqui.
Por fim, e quanto à regionalização, como leu o meu livro, conhece a minha posição.