De: Alexandre Burmester - "Absolutamente"
A sonegação de dados que o Rui Rio promove, e que o Tiago denuncia, não se processa apenas com os casos que relatou.
Seria de todo honesto que a Câmara também informasse a opinião pública do negócio que decorre da permuta dos terrenos do Parque da Cidade. Não apenas os valores que estão em discussão entre as duas principais candidaturas à Câmara e que vieram hoje na imprensa, mas principalmente quais são as permutas que a Câmara propôs, os locais, as capacidades construtivas e as respectivas volumetrias.
Naturalmente que este assunto interessa pouco a Rui Rio, afinal foi com base na premissa de evitar a construção no Parque da Cidade que ganhou a Câmara. Premissa esta aparentemente cumprida, não tivesse hoje o Parque da Cidade muito mais impermeabilização de solo do que o que estava previsto, com boxes, pistas e outros tantos lixos que por lá povoam, e que continuam a não permitir a extensão dos espaços verdes. Ingenuidade das outras candidaturas que não puxam pelo assunto para demonstrar o quanto ruinosa será para a cidade uma gestão que no fim terá um saldo bem mais negativo do que aquele que herdou.
Alexandre Burmester
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Nota de TAF: No Público (links meus): «A coligação O Porto em Primeiro, encabeçada por Rui Rio, acusa a candidata do PS, Elisa Ferreira, de "enganar os portuenses" no caso do Parque da Cidade. Em causa está o facto de a independente se referir à possibilidade de o município ter de pagar indemnizações no valor de 169 milhões de euros aos promotores com terrenos no parque, no caso de o acordo extrajudicial previsto não se concretizar. Um valor que foi avançado pela própria câmara.»