De: José Ferraz Alves - "A nova realidade da Europa das Regiões, as Euro-Regiões"
Reporto-me à notícia “A ligação Douro – Lago de Sanábria e à estação de Alta Velocidade Espanhola em Sanábria” para louvar o papel do Instituto da Democracia Portuguesa em mais estas reuniões de trabalho, bem concretas e práticas, neste caso com a Câmara de Bragança e com o Sr. Alcaide de Puebla de Sanábria, para a análise da integração por via ferroviária do Douro com Puebla Sanábria e daí para Madrid e Corunha.
Este projecto é crítico para o futuro desenvolvimento de duas regiões da Península Ibérica, a Região Norte de Portugal, na sua sub-região de Douro e Trás-os-Montes, e Castilla-León. Colocará a população de Madrid a cerca de 2 horas de viagem do Douro. O resultado será depois bem percebido pela iniciativa privada, sendo conveniente que não se destruam as belezas naturais que se possam oferecer, como é o caso da Linha do Tua. A este propósito, não resisto a transcrever palavras de um senhor pároco, na missa da passada semana, em que se regista uma acção pública organizada da Igreja Católica na defesa da sustentabilidade ambiental: "Deus perdoa sempre, o Homem perdoa por vezes, a Natureza nunca o faz".
Esta acção do Instituto da Democracia Portuguesa exemplifica a sua correcta percepção do diferente papel que as entidades deverão ter no território nacional, sejam elas públicas ou privadas, locais, regionais ou nacionais, de índole colectiva ou individual e qual a utilidade da acção cívica. Acredito que chegará o dia em que estas reuniões de trabalho serão promovidas por Governos Regionais, ficando aqui bem exemplificado qual o seu papel e competências face aos poderes nacional e locais. E é uma resposta a uma senhora de Bragança que, em recentes debates no Porto sobre a regionalização, perguntou que exemplos se poderiam dar sobre o que a regionalização poderia fazer sobre a sua cidade.
José Ferraz Alves
Rede Norte