De: Paulo Espinha - "Anda tudo muito nervoso... Grande Gargalhada!"
Caros,
Depois de dar uma vista de olhos pelos diversos apontamentos e escritos durante o presente mês de Agosto 2009, senti vontade de escrever umas linhas. Então cá vai:
CONCEITO DE DEMOCRACIA - "o único sistema político no mundo em que, quaisquer que eles sejam, os conseguimos mandar embora sem ter que andar à chapada" - não é minha a definição, mas até hoje não vi melhor.
BOM SENSO - diferente de senso comum e presente ou não em qualquer intervenção humana; a sua falta nem sempre é detectável à primeira vista e pode ter consequências a curto, médio e longo prazo verdadeiramente devastadoras. Resulta, quando se verifica, normalmente da adequada e equilibrada integração de diferentes factores sociais, técnicos, tecnológicos, históricos e económicos, etc.
ACÇÃO, INTERVENÇÃO OU DECISÃO
1) acção/intervenção dos agentes; quando má, por falta de bom senso, pode ser classificada em uma de três:
- - INGÉNUA - a manifesta falta de bom senso é resultado da ingenuidade do decisor; erro frequente nos utópicos e em quem não aceita a natural miséria humana.
- - INCOMPETENTE - quando já não é ingenuidade, mas manifesta negligência; falha normalmente associada ao designado Princípio de Peter... podendo ser agravada pela conjuntura de Murphy...
- - CÍNICA - quando não é nenhuma das anteriores, pois o decisor tem um objectivo que só é conhecido por alguns e definitivamente desconhecido por aqueles que poderiam conferir bom senso à decisão, a qual, com grande probabilidade, iria em sentido contrário.
2) num quadro de bom senso,
- - INTELIGENTE/PROACTIVA E ALAVANCADORA - acção/intervenção com bom senso, independentemente de quem favoreça ou de quem prejudique, mas da qual resulte um efectivo e equilibrado crescimento e desenvolvimento sustentável global e/ou parcialmente - que pelo menos potencie evolução não negativa.
- - INTELIGENTE MAS INCONSEQUENTE - semelhante à anterior, mas quando apenas releva a satisfação individual ou colectiva do interveniente.
Assim, podemos então equacionar a grande questão - qual o verdadeiro valor de uma acção/intervenção ou de um agente/interveniente?
VALOR - função matemática em desenvolvimento nas cabeças dos intervenientes e dos não intervenientes, com resultados imprevisíveis, resultante da integração do somatório das derivadas dos acumulados dos diversos tipos de acção desenvolvidas ao longo do tempo, num determinado período desse mesmo tempo. Pode ainda ser estratificada espacialmente, culturalmente, etc.
TENDÊNCIA DA EVOLUÇÃO DO VALOR - resulta da avaliação que os intervenientes fazem da curva da taxa anual de evolução desse mesmo valor. A ler em escala logarítmica.
Logo, desafio-vos a, tanto introspectivamente como sobre os políticos, autarcas, funcionários, assalariados, patrões, polícias e ladrões que conhecem, aplicarem o seguinte gradiente de catalogação:
- - MOMENTO CLERASIL (t=0) - o que não tem, nem idade, nem experiência de vida, para resultar sequer interveniente.
- - TENDÊNCIA BLUE - aquele que acha que a terra será sempre azul.
- - TENDÊNCIA PROPOSITIVA - aquele que já ultrapassou as fases anteriores.
- - TENDÊNCIA TANGA - aquele que está a dar mais tanga aos outros que aquela que consegue disfarçar.
- - TENDÊNCIA ESCATOLÓGICA - aquele para quem até a tanga vai ter um fim trágico.
Um abraço
"façam o favor de ser felizes"
Ah, já agora permitam-me duas notas:
1) Só tem direito a "obra inacabada" quem está morto e é considerado (bem ou mal) um génio. Para os restantes, que são todos os mortais, existem as "telas finais".
2) Provérbio Chinês - "Encontra com quem gostes de conversar, pois no final só dá mesmo para conversar".