De: António Alves - "O Tua e as Portas de Ródão"
«Classificação das Portas de Ródão regulamentada
O Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional publicou, dia 20 de Maio, em Diário da República, o Decreto Regulamentar n.º 7/2009, alusivo à classificação do monumento natural Portas de Ródão.
O Governo considerou as Portas de Ródão “um relevante património natural”, que além de ser um geossítio (com particularidades geológicas, geomorfológicas e paleontológicas), inclui “outros valores geológicos, biológicos e paisagísticos”, além dos arqueológicos, “testemunho de uma presença humana com centenas de milhares de anos”. Por tudo isto, reiterou, por decreto, que “o carácter notável das Portas de Ródão justifica, per si, a importância da sua classificação”. A singularidade deste monumento natural também reafirma a sua importância em termos regionais e nacionais, o que também justifica a sua classificação.
Esta classificação, recorde-se, teve como principais objectivos “a preservação das formações geológicas e geomorfológicas e dos sítios de interesse paleontológico; a preservação das espécies e dos habitats naturais; a protecção e a valorização da paisagem; a preservação e valorização dos sítios de interesse arqueológico; a promoção da investigação científica indispensável ao desenvolvimento do conhecimento dos valores naturais referidos, numa perspectiva de educação ambiental; e a manutenção da integridade do monumento e área adjacente”.
As Portas de Ródão passam assim a ser geridas pelo Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), sendo dotado de um plano de gestão próprio, a elaborar no prazo de três anos a contar da entrada em vigor do Decreto Regulamentar agora publicado.
Por ser classificado como um monumento natural, dentro dos seus limites há actividades proibidas e outras limitadas, sendo a fiscalização das mesmas da responsabilidade do ICNB, das autarquias limítrofes (Vila Velha de Ródão e Nisa) e da entidade policial competente, se a infracção assim o justificar.»
in Jornal Reconquista de 28-05-09
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O Vale do Tua e a sua riqueza paisagística e patrimonial têm diferenças óbvias com o Tejo e as Portas de Ródão. A saber:
- 1) No Vale do Tua não corre o rio Tejo;
- 2) As Portas de Ródão situam-se muito mais perto de Lisboa;
- 3) Os beirões e alentejanos residentes em Lisboa são muito mais influentes que os residentes durienses e trasmontanos.
P.S. - Concordo totalmente com a classificação de monumento natural atribuído às Portas de Ródão.