De: TAF - "Preço justo"
A política de estabelecimento de preços que defendo, especialmente nos geridos pela Administração Pública, é a de que devem reflectir o custo real do bem ou serviço a que correspondem. Compreendo a lógica do preço subsidiado para fomentar o uso/consumo, mas isso traz também consequências e dificuldades difíceis de controlar. Como evitar o abuso? Como saber onde parar (porquê este bem/serviço e não outro, também)? Como contabilizar com exactidão o impacto que a medida teve no objectivo proposto?
Mais: ao subsidiar, limita-se também a percepção que o utente/consumidor tem do benefício de que está a usufruir. Por tudo isto, eu apostaria preferencialmente em vias alternativas para resolver os problemas. Só visto caso a caso, e é tema que transcende este post.
PS: Há situações, contudo, em que o custo da cobrança e de fiscalização do pagamento é comparável, senão superior, ao custo do próprio serviço ou bem. Nesses casos, se é do interesse público, é mais racional a sua disponibilização gratuita. Não me custa imaginar que um serviço simples de transportes na Baixa possa ser um destes casos.