De: Luís Filipe Pereira - "Mentiras e outras confusões..."

Submetido por taf em Sexta, 2009-07-31 15:17

Caro Sr. deputado José Machado de Castro, relativamente ao que escreveu acerca da "suposta" transferência de imóveis da Câmara do Porto para um Fundo de Investimento Imobiliário e consequente subtracção ao património da cidade, das duas uma, ou está a mentir deliberadamente ou então não sabe o que está a dizer! Explico-me, tentando fazê-lo de uma forma simples para que não haja forma de não entender. A transferência dos imóveis para o FII decorre tendo como contrapartida unidades de participação nesse mesmo fundo. O sr. deputado estava a (querer) dizer é que os imóveis foram transferidos sem qualquer tipo de contrapartida, o que é mentira.

Caro José Silva, mais uma vez reafirmo o que já anteriormente disse, temos de clarificar em primeiro lugar questões ideológicas para podermos discutir a questão das PPP's. Só depois poderemos avançar alguma coisa sobre o restante. E no restante tenho a certeza que concordaremos que é necessária igual transparência nos negócios, sejam eles públicos ou privados. Não é por ser público que deve ser menos responsabilizado e que deve ser menos transparente ou menos bem gerido, sem preocupações de justificar as opções tomadas. Ou então se calhar é por se achar que deva ser assim mesmo que acontecem casos como os do Terminal de Contentores de Lisboa. Tudo o resto é lançar areia para os olhos... Dou-lhe um exemplo: se acha que para concessionar o serviço de segurança num edifício municipal for preciso fazer um referendo, de facto, dificilmente conseguiremos libertar-nos do bafio salazarento, que curiosamente mais se faz notar nos sectores de esquerda...

Cumprimentos,
Luis Filipe Pereira
--
Nota de TAF: Não me parece que acusar alguém de mentiroso aqui no blog seja a melhor forma de debater. Bastaria ter afirmado "é importante lembrar que houve contrapartidas pela transferência do património". O objectivo do blog não é avaliar o carácter dos participantes, mas sim debater os factos e as políticas. Os qualificativos pessoais dispensam-se, e a elegância seria outra.