De: Alexandre Burmester - "Boleias, chuvas e más companhias"
Parece-me que esta conversa do lucro tem contornos que vêm de uma esquerda festiva e retrógrada cheia de preconceitos. Qualquer gestão tem de dar lucro, se não o faz gera prejuízo. Seja lucro para investimento seja lucro para fazer como a carochinha de guardar para o Inverno. O habitual é o Estado perder dinheiro com negócios públicos e rentáveis. Exemplos? Todos eles vêm nos jornais… Estradas, Bancos, TGV, Aeroporto, Metro… infelizmente há muitos.
Fartos estamos todos de andar à chuva e passarmos a vida molhados, porque ao Estado há gente a mais a reclamar de guarda-chuvas, e muitos poucos a conseguir fornecê-los. Abrigam-se aqueles que são representados pelos profissionais da “reclamação”, os muitos que trabalham na função pública com salários e empregos garantidos, os nomeados e renomeados dos aparelhos estatais, e todos vão subindo sempre rumo ao paraíso da reforma e aos benefícios do Estado. Avaliações nem vê-las, responsabilidades nunca.
Nada tenho contra quem fora destes aparelhos tem a coragem e se calhar a ignorância de acreditar e investir com a parceria de um Estado que muda as regras a meio, e que nem sempre cumpre o que lhe é devido. Bem-haja porque são esses com o “lucro” que pagam a todos aqueles que sem “lucro” dependem do estado. Estou plenamente de acordo com o princípio da má interpretação sobre a boleia a quem dou, mas não são as senhoras a quem se referiu e sim com os gigolôs.
Alexandre Burmester