De: Teo Dias - "Graffs no Porto"
Eu gosto de Tsurus e também gosto de grafittis ou de stencils. Eu gosto de tsurus, pequenos ou grandes quando em origami, são únicos e demonstram uma certa habilidade e destreza na construção. Também gosto de “graffs” quando são bem conseguidos, quando ultrapassam a transformação de um simples “tag” e não são simples actos de degradação gratuita, quando não utilizam certos suportes recentemente limpos, quando não são feitos sobre veículos de transporte.
- 1. É preciso dizer que a “moda” dos graffs e dos tags já tem umas dezenas de anos e são uma expressão de revolta suburbana exportada dos EUA.
- 2. É preciso saber que certos “artistas” se servem como um meio de promoção para uma actividade comercial.
- 3. É preciso informar que certos proprietários limparam, lavaram as suas paredes e dias depois as viram de novo transformadas em suporte artistico. – dois exemplos que já foram abordados aqui na “Baixa do Porto”: a parede da actual “lefties” (ex Zara) ali na Travessa de Cedofeita, aqui há anos o proprietário mandou repintar tudo e pouca horas durou. O segundo é da parede do prédio na rua Diogo Brandão em frente à loja “origami” – mesmo tipo de intervenção, sensivelmente mesma duração no tempo.
- 4. É preciso observar bem de perto a qualidade dessas coisas que nos aparecem diante dos olhos.
- 5. Gostava de saber se haverá algum artista que se aventure nas fachadas recentemente refrescadas da Câmara Municipal.
- 6. Gostava de saber se existe alguma legislação nacional ou municipal em relação a este assunto.
- 7. Gostava de saber se há alguma estratégia municipal ou outra em relação à degradação da propriedade privada ou pública.
Tsurus pequenos ou gigantes gosto, como já disse em origami, podem-se levar para casa ou expôr em montras. Existem “graffs” lindos mas raros. Mas continuo a admirar os “stencils” da “Miss.Tic”. Sim aos Graffs nas paredes degradadas, não nos raros muros limpos da cidade.
Nota de rodapé: Pelo que li aqui a limpeza parcial da Travessa de Cedofeita foi na passada sexta-feira à noite, hoje passei lá e nada tinha sido terminado. Ou faltou o produto, ou a mão-de-obra!