De: Carlos Manta Oliveira - "A Salvação do Bolhão"
Queria perguntar a quem se manifesta agora pelo Bolhão, se consideram o Bolhão salvo, ou sequer melhor que há um ano atrás. Também me interrogo do que é feito de todos os animadores de rua, músicos, rufadores de bombos e outros artistas. Deixaram de ir ao Bolhão? O Bolhão já não precisa de animação? Estão resolvidos os problemas?
Pois, se calhar vamos chegar às mesmas conclusões, de que se armou um circo mediático, com a máscara de salvar o Bolhão da sua demolição, mas com outros propósitos, nomeadamente o da batalha política. Entretanto continuam os comerciantes e vendedores nas mesma agoniantes condições, mas agora sem a companhia da música e sem os holofotes para eles virados. Será que alguém pode clamar pelos louros da vitória, se os problemas continuam os mesmos?
Felizmente temos um Igespar (ou outra sigla mais correcta, já que entretanto foi mudando de nome) que protege o património edificado, mas sempre se soube que o edifício é classificado, e qualquer obra teria que passar pelo crivo desta entidade. Para quando a criação de um "Igespar" para o património arbóreo ou ambiental? Não deveriam as obras em Parques, Jardins, e outros espaços verdes ser também sujeitas ao escrutínio de uma entidade avaliadora?
Cumprimentos,
Carlos Manta Oliveira