De: Rui Valente - "Rui Rio, o coerente"
Sobre a espiral de incongruências de Rui Rio e do tiro no pé que acaba de dar sobre o melhor trunfo político de que dispunha para derrotar a sua adversária directa Elisa Ferreira, não achando "compaginável" um presidente de Câmara aceitar um cargo de vereador, desculpem-me relatar um caso pessoal que encaixa como um puzzle no sentido elitista do nosso autarca.
Andei numa azáfama com a Divisão Toponímica da Câmara (o nome não será exactamente esse, mas para o caso não interessa) para que fosse substituída uma placa de uma rua com o nome de um familiar, que juntamente com a do Dr. Carlos Ramos, eram as únicas naquelas bandas que estranhamente não tinham sido substituídas pelas actuais...
Entre outras actividades, o meu avô foi, já no fim da sua brilhante carreira militar, vereador de urbanismo da CMPorto [apesar de ter sido convidado para Presidente e declinar o convite]. Ora, apesar disso, um dos argumentos que me foi apresentado para o atraso da satisfação do m/ pedido, foi de que não dispunham de biografia sobre o meu avô para inserir na placa sobre o nome, como agora é feito. Remeti para os respectivos serviços fotocópias de currículo, de livros e da vida militar desse meu familiar, sugerindo que lhe fosse atribuído o de "Herói das Campanhas de Timor", porque foi aí mesmo que mais se distinguiu, com actos de bravura incomum, chegando a Chefe de Estado Maior do Posto de Hato Lia. Além disso, foi Presidente do Tribunal Militar Territorial do Porto e também Presidente da Associação de Lavradores do Norte de Portugal.
Sabem qual foi o título escolhido pela Câmara para o identificar? O de vereador da Câmara Municipal do Porto! Talvez, por aqui, se possa perceber a "incompaginibilidade" do Dr. Rui Rio de passar de Presidente para vereador... Ou talvez, quem sabe, porque o meu avô não se furtou a sentar no banco dos réus um ilustríssimo Presidente da Câmara da época, apesar dos muitos pedidos que lhe foram feitos para o evitar...
Rui Valente